Quem terá explosão para o final em Mende?

16 de Julho, 202216 de Julho, 2022

A etapa 14 do Tour de France será a segunda de três jornadas de ligação entre os Alpes e os Pirenéus que marcam a segunda semana de prova. Hoje, os ciclistas enfrentam 192.5 km, entre Saint-Etienne e Mende, com passagem por várias subidas do Maciço Central. No total, serão cinco contagens de montanha, quatro de 3ª categoria e depois a derradeira subida, de 2ª categoria (2.9 km a 10.5%), que irá terminar a cerca de 1.5 km da linha de chegada, com o final a ser em descida e depois em plano, na reta da meta.

Os Favoritos

Na análise da etapa de ontem, apontámos para a anulação da fuga por parte do pelotão, algo que não se verificou, pese os esforços da Alpecin e da Lotto e o trabalho tardio da BikeExchange. A movimentação era consistente, com roladores potentes e experientes, algo que se revelou demasiado forte para aqueles que optaram por perseguir.

Se a etapa de ontem ainda tinha algumas equipas interessadas no final, a de hoje terá muito poucas. Se o pelotão chegar compacto à subida final, Tadej Pogacar será o candidato óbvio, pelo que muitas formações, especialmente as da geral, irão abster-se de perseguir. A Emirates até poderá trabalhar a espaços, mas não irá desgastar um bloco que já é curto (apenas com 6 unidades), para perseguir uma fuga durante todo o dia. O plano dos emires deverá passar por preparar um ataque de Pogacar a Vingegaard nas zonas mais inclinadas da subida final.

Depois, sobram apenas equipas como a Israel, que terá Michael Woods, a BikeExchange, com Michael Matthews, e a Bahrain, com Dylan Teuns, mas qualquer um deles saberá que terá poucas hipóteses contra Pogacar, pelo que estes conjuntos poderão preferir apostar na fuga.

Note-se que, historicamente, as etapas do Maciço Central, muitas com final em Mende, costumam terminar com triunfo da fuga, por vezes com margens bem elevadas, superiores a 15 minutos.

Assim, vamos dar favoritismo à fuga no dia de hoje, apontando para Michael Woods como principal candidato. O canadiano da Israel-Premier Tech procura ainda a melhor forma, mas se conseguir estar minimamente perto daquilo que é capaz de fazer neste tipo de muros, então será difícil de alguém o conseguir bater.

Outro homem bastante perigoso para esta tirada será Nick Schultz, que está claramente num bom momento, tendo estado já perto de ganhar uma etapa. O australiano da BikeExchange poderá sofrer um pouco na última subida, mas se conseguir aguentar perto da frente, terá velocidade para bater qualquer oponente naquele quilómetro final em plano.

Quem também estará de olho na fuga desta etapa será Dylan Teuns, que poderá brilhar nas inclinações finais, sendo alguém que, como foi referido, pode também tentar a sua sorte numa chegada em pelotão.

Depois, refira-se o contingente francês, em especial os corredores da Groupama-FDJ, Valentin Madouas e Thinaut Pinot, mas também Pierre Latour, da TotalEnergies.

Outros nomes que poderão tentar a sua sorte na fuga do dia são: Neilson Powless, Andrea Bagioli, Bauke Mollema, Luis Leon Sanchez, Michael Matthews, Lennard Kämna, Simon Geschke, Alberto Bettiol, Aurelian Paret-Peintre, e ainda o próprio Primoz Roglic, que poderá aproveitar este dia para recuperar alguns minutos na classificação geral.

Na possibilidade de o pelotão discutir a vitória, o grande favorito será Tadej Pogacar, sendo que as principais ameaças ao triunfo do esloveno serão Tom Pidcock, David Gaudu, Adam Yates, Enric Mas, Romain Bardet, e ainda Jonas Vingegaard, embora o camisola amarela se deva preocupar apenas com a roda de Pogacar. Os referidos Michael Woods, Dylan Teuns, e Primoz Roglic poderão também estar entre os melhores numa chegada em pelotão.

Favoritos Ciclismo Mundial

⭐⭐⭐⭐⭐ Michael Woods
⭐⭐⭐⭐ Nick Schultz e Dylan Teuns
⭐⭐⭐ Valentin Madouas, Thibaut Pinot e Pierre Latour
⭐⭐ Neilson Powless, Andrea Bagioli, Bauke Mollema, Luis Leon Sanchez e Michael Matthews
⭐ Lennard Kämna, Simon Geschke, Alberto Bettiol, Aurelian Paret-Peintre, Primoz Roglic, Tadej Pogacar, Tom Pidcock, David Gaudu, Adam Yates, Enric Mas, Romain Bardet e Jonas Vingegaard