Final inglório para Cosnefroy na Amstel Gold Race! Vitória de Michal Kwiatkowski!
O polaco Michal Kwiatkowski (INEOS Grenadiers) venceu a 61ª Amstel Gold Race, após 254.1km com partida em Maastricht e chegada em Valkenburg, no Berg en Terblijt, batendo ao sprint o francês Benoit Cosnefroy (AG2R Citroen Team), que perdeu de forma inglória depois de muito procurar o triunfo! Em terceiro fechou Tiesj Benoot (Jumbo – Visma), a 10s, com Mathieu van der Poel (Alpecin – Fenix) a ser apenas quarto, a 20s.
A Amstel Gold Race prometia espetáculo e uma corrida cheia de ataques e emoção, acabando por cumprir com o esperado! Com 8km percorridos formou-se a fuga do dia, composta por Ide Schelling (Bora – Hansgrohe), Aaron van Poucke (Sport Vlaanderen – Baloise), Owain Doull (EF Education – EasyPost), Johan Jacobs (Movistar), Emils Liepins (Trek – Segafredo), Davide Gabburo e Lucas Rastelli (Bardiani – CSF – Faizane). O pelotão relaxou e o grupo ganhou uma grande vantagem, não sem antes perder Gabburo, com apenas 26km percorridos.
As primeiras subidas foram passando, com a Ineos Grenadiers, a UAE Team Emirates e a Alpecin – Fenix a controlarem o pelotão, tendo claramente em vista a vitória final com os seus líderes. Com 110km para o fim, o ritmo aumentou e os fugitivos ficaram em xeque, no que à vitória final dizia respeito. A 96km do fim, Victor Campenaerts (Lotto Soudal) e Nathan van Hooydonck (Jumbo – Visma) atacaram no pelotão e colocaram-se em posição intermédia, com a frente a perder Rastelli pouco depois. Rapidamente o duo chegou à frente e o grupo voltou a ter de novo 7 unidades.
O nervosismo e a luta pelo posicionamento surgiu nos últimos 75km, e as quedas começaram a aconteceram com alguns ciclistas importantes a irem ao chão e a ficarem arredados da luta pela vitória. O ritmo da Alpecin foi começando a selecionar a corrida, com 55km para o fim, enquanto a frente da corrida ia perdendo também unidades, primeiro Schelling e Campenaerts, e depois Liepins.
A 52km do fim, Tim Wellens (Lotto Soudal) era o primeiro a atacar, com Christophe Laporte (Jumbo – Visma) a seguir tranquilamente na sua roda, numa movimentação que não teve sucesso. A 48km do fim, van Hooydonck sofria uma pequena queda na frente, mas rapidamente retomava na bicicleta, quando já apenas 30s separavam o pelotão do pequeno grupo escapado. A Ineos assumiu o trabalho a 44km do fim, com Ben Turner a tomar a dianteira perante o já reduzido pelotão e a fazer uma grande seleção na ascensão ao Eyserbosweg. Van Hooydonck era o último resistente da fuga a ser alcançado, já no topo da subida.
O britânico fez um grande trabalho para os seus líderes, e a corrida acabou por se decidir a 34km do fim, quando um forte ataque de Tiesj Benoot viu a frente da corrida reduzir-se a apenas 10 unidades na subida ao Keutenberg! Tom Pidcock e Michal Kwiatkwoski (Ineos Grenadiers), Dylan Teuns (Bahrain Victorious), Marc Hirschi (UAE Team Emirates), Michael Matthews (BikeExchange – Jayco) e Benoit Cosnefroy conseguiram seguir o belga, mas Mathieu van der Poel, Kasper Asgreen (Quick-Step Alpha Vinyl), Stefan Kung (Groupama – FDJ) e, surpreendentemente, Alexander Kamp (Trek – Segafredo), ficaram ligeiramente cortados e tiveram de fazer um esforço extra para permanecer na frente. Um grupo perseguidor formou-se mais atrás, mas nunca houve a colaboração necessária para voltarem a reentrar.
A 24km do fim, na última ascensão ao Cauberg, Marc Hirschi procurou atacar e selecionar ainda mais a corrida, mas o suíço acabou por levantar o pé, após perceber que vários adversários o conseguiram seguir. O grupo seguia trabalhando a bom ritmo e foi Pidcock a lançar um forte ataque, que apenas Teuns seguiu, mas que Benoot foi capaz de fechar com o resto do grupo atrás de si.
Com pouco mais de 15km para o fim, Cosnefroy atacou e levou atrás de si Kwiatkwoski, numa movimentação de proteção a Pidcock. Teuns ainda tentou responder, mas ficou a meio caminho, enquanto os restantes adversários se ficaram a marcar e ninguém quis assumir despesas e trabalhar para os adversários. A vantagem foi crescendo, e com 7km já de 25s, mas tudo estava em aberto, já que era esperada uma paradinha para decidir o vencedor.
Asgreen e van der Poel surgiram então na perseguição, levando o grupo todo atrás de si, para que ainda pudessem discutir o final, mas a coordenação dos escapados era obstruída várias vezes por Pidcock, que procurava que os adversários não alcançassem Kwiatkowski. Na frente, o polaco seguia maioritariamente na roda, de forma que parecia até confortável, com o francês a assumir a maior parte das despesas da corrida e a procurar, quase sozinho, a vitória.
Nos últimos 500m, Cosnefroy abrandou para preparar o sprint, e tentou surpreender Kwiatkowski arrancando a 200m do fim para um longo sprint! O francês parecia que poderia ainda vencer, mas o polaco passou-o já nos últimos metros e confirmou um triunfo, que ainda precisou de revisão no photofinish com um forte lançar de bicicleta. Tiesj Benoot, que havia atacado a 800m para evitar o sprint, foi terceiro, enquanto Mathieu van der Poel venceu o sprint pela quarta posição.
Ivo Oliveira (UAE Team Emirates) não terminou a corrida, mas desempenhou um papel fundamental na perseguição aos fugitivos e na colocação de Marc Hirschi.
O Sprint Final
O Pódio do Dia
