Jack Haig triunfa em Granada! Fuglsang segue líder!

O australiano Jack Haig, da Mitchelton-Scott, venceu a quarta e penúltima etapa da 66ª Vuelta a Andalucia Ruta Ciclista Del Sol, batendo ao sprint Jakob Fuglsang (Astana Pro Team) e Mikel Landa (Bahrain-McLaren). O trio chegou isolado à meta, com 27 segundos de vantagem para os perseguidores, Brandon McNulty (UAE-Team Emirates) e Ion Izagirre (Astana Pro Team). Na classificação geral, Fuglsang mantém 14 segundos de avanço para o 2º, Landa, e 35 para Jack Haig, que é agora 3º, fruto do dia menos bom de Dylan Teuns e Pello Bilbao. Os homens da Bahrain McLaren cederam 1:14 para a frente da corrida, e desceram assim dois lugares na geral, sendo agora 5º e 6º. Em 4º segue Izagirre. Fuglsang tem tudo para confirmar a sua vantagem sobre a concorrência, no contra-relógio do último dia, não sendo previsível que perca tempo para Haig e muito menos para Landa, conhecido pelas suas limitações nesta disciplina.

No quarto dia de prova da Volta à Andaluzia, o pelotão enfrentou 125 km de estrada, entre Villanueva Mesia e Granada, com três contagens de montanha, duas de terceira categoria e uma de primeira, o Alto del Purche (8,8 km de extensão e 7,9% de inclinação média), com o topo colocado 18 km antes da meta.

A fuga do dia foi composta por 18 corredores, entre eles o português Nelson Oliveira (Movistar). A margem dada pelo pelotão nunca foi muito elevada, com um controlo apertado de um bloco cor-de-laranja formado por Fundación-Orbea, que ia trabalhando para tentar levar Juan José Lobato à vitória na etapa, e pela Bahrain-McLaren, que seguia na tentativa de destabilizar a Astana.

No início da contagem de primeira categoria, com cerca de 25 km para o final, a fuga foi alcançada pelo grupo de favoritos, nessa fase composto apenas por cerca de 20 ciclistas. Quando parecia que a Bahrain tinha faca e queijo na mão para atacar a Astana, dá-se, para surpresa de todos, o ataque do líder! De facto, a melhor defesa é o ataque, e Fuglsang comprovou isso mesmo. Ainda muito longe do topo, o dinamarquês lançou-se em solitário e deitou por terra qualquer plano de ataque que a Bahrain-McLaren pudesse ter em mente. Teuns e Bilbao ficaram imediatamente para trás, enquanto Landa, assim como Haig, Izagirre, Soler, e McNulty, ainda conseguiram alcançar Fuglsang durante a subida.

No topo da contagem passou Haig em primeiro, logo seguido de Landa e Fuglsang. Este trio começou a longa descida até à meta na frente e foi consecutivamente ganhando tempo ao duo de perseguidores formado por Izagirre e McNulty. À entrada do último km, a vantagem era de 30 segundos, e o jogo tático entrou em cena. Landa, o mais lento, ainda começou o sprint, mas foi facilmente ultrapassado pelos concorrentes. Nos metros finais, Jack Haig revelou-se o mais fresco, levantando os braços à frente de Fuglsang, com Landa em terceiro. O dinamarquês da Astana acabou por pagar o esforço dos ataques na subida e nos km de aproximação à meta, denotando uma grande vontade de ganhar a etapa, mas também algum excesso de confiança. Não obstante, está claramente em grande forma nesta fase da época.

Fuglsang não ganhou tempo a Landa nem a Haig na geral, mas ganhou a Teuns e a Bilbao. À partida para o contra-relógio do último dia, Fuglsang é primeiro, com 14 segundos para Landa, 35 para Haig, 1:01 para Izagirre, 1:44 para Bilbao, e 1:45 para Teuns. Se nada de anormal acontecer, o dinamarquês tem tudo para revalidar o título conquistado no ano passado na Volta à Andaluzia.

Nelson Oliveira acabou por terminar na 60ª posição, a 12:28 de Haig. Na geral, o português da Movistar é agora 70º, a 31:58 de Fuglsang.

O contra-relógio do último dia é corrido em Mijas, tem 13 km de extensão, e um percurso maioritariamente plano, existindo apenas duas curtas ascensões que não deverão influenciar consideravelmente os acontecimentos.

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