Carpe diem!

Depois de uma exibição dominante no prólogo de abertura do Tour de Romandie por parte da Ineos Grenadiers, a prova continua hoje com a disputa da 1ª etapa, numa ligação de 168.1 km entre Aigle e Martigny. Na liderança da classificação geral está o australiano Rohan Dennis, com 9 segundos de vantagem sobre os seus dois líderes na Ineos: Geraint Thomas e Richie Porte.

O percurso desta 1ª tirada consiste basicamente num circuito de quatro voltas, com outras tantas subidas às ascensões de Produit (2.6 km a 7.1%) e Chamoson (2.1 km a 6.1%). Apesar destas oito dificuldades, que tornam a etapa numa espécie de mini-clássica, os 20 km finais serão planos.

Perfil da 1ª etapa do Tour de Romandie

Favoritos

A Volta à Romandia apresenta um total de seis dias de competição, com um prólogo, um contrarrelógio, uma chegada em alto, uma etapa dura de média montanha, e duas etapas (a 1ª e a 3ª), que podem resultar numa chegada em pelotão mais ou menos compacto. Uma vez que a 3ª etapa apresenta uma difícil subida já perto do final, esta 1ª jornada pode mesmo ser a melhor oportunidade para os sprinters em prova poderem fazer o gosto ao pedal.

As equipas em prova com homens rápidos não são muitas, mas deverão ser as suficientes para controlar o pelotão e preparar um sprint em grupo compacto. Além disso, com as curtas diferenças que resultaram do prólogo do primeiro dia, a Ineos deverá também querer manter as rédeas da fuga bem apertadas, de modo a continuar com os seus três ciclistas no topo da geral. Resta saber qual a intensidade do ritmo imposto no pelotão e quais os ciclistas que irão estar em condições de discutir a etapa.

Note-se que muitos dos sprinters em prova são corredores versáteis, com capacidade para sobreviver às subidas e depois discutirem um sprint relativamente numeroso. Além disso, importa realçar que o final será técnico, com bastantes curvas, e que existe previsão de chuva, o que irá dificultar a vida àqueles que manobrem menos bem a sua máquina.

Assim, pesando todos estes fatores, apontamos para o eslovaco Peter Sagan (BORA-hansgrohe) como grande favorito a poder impor-se nesta jornada. O Hulk de Zilina tem estado em crescendo de forma depois do retorno à competição, conseguindo mesmo regressar às vitórias na 6ª etapa da Volta à Catalunha, há cerca de um mês. O antigo tricampeão do mundo inclui-se no lote de sprinters que sobem bem e esta pode mesmo ser uma grande oportunidade para voltar a faturar.

Se Sagan estiver em bom nível, a BORA pode forçar o andamento nalgumas das subidas, de modo a fazer descolar os sprinters mais puros. E mesmo que esses ciclistas não descolem, serão sujeitos a uma jornada algo exigente, o que os poderá colocar em desvantagem no sprint final contra o eslovaco.

Entre os especialistas do sprint, pelo menos dois homens têm, teoricamente, velocidade de ponta para bater Sagan: Elia Viviani (Cofidis) e Phil Bauhaus (Bahrain-Victorious), restando saber como se darão com as dificuldades da jornada.

Se Bauhaus não sobreviver às subidas, a Bahrain apresenta também uma alternativa bem fiável, um corredor versátil que certamente irá aguentar as dificuldades e que tem ponta final para ameaçar Sagan e outros sprinters: Sonny Colbrelli.

Entre os homens mais rápidos presentes no pelotão do Tour de Romandie e que poderão aspirar a fazer um bom resultado, especialmente em função do nível e número de sprinters não ser o mesmo que noutras provas, temos: Magnus Cort, Clément Venturini, Matteo Moschetti, Patrick Bevin, Dion Smith, Jake Stewart, Andrea Pasqualon, Albert Torres, e ainda Jordi Meeus, que deverá trabalhar para Sagan no final, mas que será uma carta válida para a BORA jogar no sprint, caso a etapa o proporcione.

Finalmente, é de referir que existe a hipótese de a corrida ser bastante atacada, o que poderá reduzir drasticamente o grupo de ciclistas que irá discutir a etapa. Se tal acontecer, a vitória na tirada irá para um ciclista que suba bem e que tenha uma boa ponta final, uma categoria onde podemos incluir alguns dos homens da UAE-Team Emirates, em especial Diego Ulissi mas também o próprio Marc Hirschi e, claro, o campeão português Rui Costa. A formação dos emiratos apresenta um bloco bastante forte e, se os sprinters ficarem fora de cena, poderão jogar com os seus números tendo em vista a vitória na etapa. Mesmo num sprint compacto, a equipa tem ainda Maximiliano Richeze, que talvez não tenha a velocidade de ponta para bater os sprinters referidos, mas que poderá fazer uso da sua experiência e técnica para sair favorecido no final caótico.

Existe também a hipótese de a fuga resultar neste tipo de jornadas, em especial em função do clima, o que nos obriga a apontar para mais um candidato, um ciclista da casa que não teve o desempenho que esperava no prólogo e que certamente estará com ideias para hoje: Stefan Küng.

Favoritos Ciclismo Mundial:

⭐⭐⭐⭐⭐ Peter Sagan

⭐⭐⭐⭐ Elia Viviani e Phil Bauhaus

⭐⭐⭐ Sonny Colbrelli, Magnus Cort, e Clément Venturini

⭐⭐ Matteo Moschetti, Patrick Bevin, Dion Smith, e Jake Stewart

⭐ Andrea Pasqualon, Albert Torres, Jordi Meeus, Maximiliano Richeze, Diego Ulissi, Marc Hirschi, Rui Costa, Stefan Küng

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