De fuga para Bragança!
A etapa 7 da Volta a Portugal irá levar os ciclistas de Felgueiras até Bragança, num percurso de 193.2 km onde os metros planos serão muito escassos.
A etapa até começa em descida, mas pouco depois surge uma subida de 3ª categoria para Lameira (9.3 km a 4.1%), seguindo-se uma descida e depois uma ascensão de 2ª categoria, para Lixa do Alvão (16.5 km a 3.9%). Logo depois virá a primeira meta volante do dia, em Vila Pouca de Aguiar, que antecede nova subida, esta de 3ª categoria para Serra de Padrela (13.8 km a 2.5%).
De seguida, virão vários quilómetros em descida, pontuados apenas com algumas pequenas subidas. Neste período, os ciclistas passam pelos outros dois sprints intermédios do dia, em Valpaços e Torre de Dona Chama. Depois virá a subida final, uma 3ª categoria para o alto da Serra da Nogueira (19 km a 2%), cujo topo antecederá uma descida de 15 km em direção à meta.

Favoritos
No dia de ontem, apontávamos para a W52-Porto e para a Tavfer/Mortágua como as equipas-chave para a definição da etapa. Nenhuma delas mostrou interesse em perseguir a fuga, sendo que apenas os azuis e brancos surgiram na frente do pelotão, mas apenas nos metros finais da jornada, já os fugitivos tinham chegado há muito.
Hoje, o cenário pode muito bem ser o mesmo. Se sair uma fuga relativamente forte e sem homens perigosos à geral, a formação do líder Alejandro Marque, a Atum General/Tavira, não se importará de voltar a colocar um ritmo moderado na frente do pelotão, tentando garantir mais um dia de amarelo. A subida final é longa e não muito inclinada, pelo que não será uma ascensão propícia para os trepadores da W52 e da Efapel tentarem ganhar tempo a Marque e, se o espanhol estiver bem, deverá conseguir acompanhar as movimentações.
Assim, existe novamente a forte probabilidade de uma fuga triunfar, ainda para mais neste percurso sinuoso, que obrigará que sejam várias equipas no pelotão a trabalhar se o grupo da frente for relativamente numeroso. Com duas jornadas de montanha bem difíceis nos próximos dois dias, hoje deverá ser um dia de relativa poupança entre as principais equipas.
Para grande favorito para esta etapa vamos apontar para Lluís Mas, da Movistar, o ciclista espanhol que esteve em destaque na geral nos primeiros dias de prova e que voltou depois a sua atenção para as fugas, tendo marcado presença na movimentação da etapa 5, que terminou no Santuário da Nossa Senhora da Assunção, em Santo Tirso, onde fez 5º. O perfil favorece bastante as características do corredor da formação espanhola, que será um osso duro de roer num sprint em grupo reduzido, que pode muito bem suceder após a descida para a meta.
Não faltam candidatos a poder bater-se pela vitória, sendo que importa realçar alguns nomes que têm estado ao ataque e podem hoje ter o seu dia de glória, a começar desde logo por Bruno Silva (Antarte-Feirense), que ontem conseguiu igualar Amaro Antunes no topo da classificação da montanha e que hoje tentará certamente amealhar mais alguns pontos. Além dos homens da geral, o grande rival de Bruno Silva na luta pela montanha, e quem sabe até pela etapa, poderá muito bem ser o português Marvin Scheulen (LA Alumínios), ele que tem 21 pontos contra os 29 do seu rival.
Refiram-se depois corredores como Tomas Contte (Louletano), Kenny Molly (Bingoal), Mason Hollyman e Alastair Mackellar (Israel Cycling Academy), Keegan Swirbul, Ben King, e Kyle Murphy (Rally Cycling), Roniel Campos (Louletano), Ricardo Vilela, Ricardo Mestre e Daniel Mestre (W52-Porto), Rafael Reis (Efapel), César Fonte (Kelly/Simolides/UDO), Juan Lopez-Cozar e Isaac Cantón (Burgos-BH), Juan Diego Alba e Juri Hollmann (Movistar), e ainda Luís Gomes (Kelly/Simoldes/UDO), um dos grandes animadores da Volta, que está na liderança da classificação dos pontos e que certamente gostaria de estar na frente a defender a sua camisola, no entanto a queda sofrida na etapa 5 pode prejudicá-lo.
Na eventualidade de a etapa acabar por ser bastante atacada, é difícil de apontar para outro nome que não Mauricio Moreira, da Efapel. O uruguaio tem estado constantemente entre os melhores, mostrando ter explosividade para atacar perto dos finais, algo que pode vir a suceder novamente no dia de hoje e, quem sabe, valer nova vitória aos canarinhos. Refiram-se também os inevitáveis Tiago Antunes (Mortágua) e Joni Brandão (W52-Porto).
Favoritos Ciclismo Mundial:
⭐⭐⭐⭐⭐ Lluís Mas
⭐⭐⭐⭐ Bruno Silva e Marvin Scheulen
⭐⭐⭐ Tomas Contte, Kenny Molly, e Mason Hollyman
⭐⭐ Alastair Mackellar, Keegan Swirbul, Ben King, e Kyle Murphy
⭐ Roniel Campos, Ricardo Vilela, Ricardo Mestre, Daniel Mestre, Rafael Reis, César Fonte, Juan Lopez-Cozar, Isaac Cantón, Juan Diego Alba, Juri Hollmann, Luís Gomes, Mauricio Moreira, Tiago Antunes, e Joni Brandão