A ADOP tornou hoje públicas as medidas de suspensão dos atletas da W52 – FC Porto, após as buscas feitas durante este ano de 2022, que resultaram na suspensão da equipa enquanto decorria o Grande Prémio Douro Internacional, a 15 de julho deste ano. Ficaram suspensos João Rodrigues, Ricardo Vilela, Rui Vinhas, Daniel Mestre, Samuel Caldeira, José Neves e ainda Ricardo Mestre.

De acordo com a informação veiculada pelo JN, em investigação encontram-se ainda Joni Brandão, Jorge Magalhães e José Gonçalves, assim como alguns elementos do staff. Por outro lado, Amaro Antunes é o único ciclista que nunca fez parte de qualquer acusação e que por isso pode assinar com qualquer equipa para 2023.

Passamos a explicar então as suspensões, que estão resumidas na tabela que se encontrará mais abaixo.

João Rodrigues foi o único dos 7 ciclistas a ser suspenso por 7 anos, resultando da acumulação de duas suspensões distintas. A primeira das duas deve-se a anomalias no passaporte biológico, resultando numa suspensão de quatro anos pela UCI, a contar a partir de 15 de julho de 2022, pelo que o algarvio não perderá as vitórias na Volta a Portugal, Volta ao Alentejo e Volta ao Algarve. A segunda das suspensões deve-se à posse de método proibido, e é aplicada pela ADOP, após audição da Agência Mundial Antidopagem (AMA) e da UCI.

Aos restantes 6 ciclistas é aplicada uma suspensão de 3 anos, devido a posse de substâncias e métodos proibidos. As substâncias encontradas variam de ciclista para ciclista, mas a suspensão é a mesma para todos, já que o caso flagrante é a posse das mesmas. A estes ciclistas, a suspensão é também aplicada pela ADOP, após audição da AMA e da UCI.

Refira-se ainda que todos os atletas têm o perdão de 1 ano da suspensão aplicada pela ADOP ao admitirem a violação da norma antidopagem e aceitarem o respetivo período de suspensão.

O Ciclismo Mundial apela a um Ciclismo limpo e sem infrações, e condena qualquer prática ilícita no desporto. A informação da ADOP quanto ao encontrado nas buscas à equipa já deveria ter acontecido mais cedo, de forma a evitar especulações que só prejudicam o nome da modalidade. Aos infratores, as suspensões estão aplicadas, e, para bem do ciclismo português, a verdade dos acontecimentos está esclarecida.

Nota final de redação: Inicialmente, pela informação que tínhamos recebido, afirmamos que “Joni Brandão, Jorge Magalhães e José Gonçalves tinham sido ilibados do caso”, mas, pelo que pudemos apurar após o lançamento da notícia, os mesmos ainda se encontram com os processos em aberto, pelo que procedemos à edição do texto e deixamos um pedido de desculpas pelo erro cometido. O Ciclismo Mundial leva de forma bastante séria os princípios éticos da comunicação e por isso mesmo escreve esta nota para que tudo fique esclarecido.