Está feito o Hat-Trek! Moschetti vence Per Sempre “Alfredo”!
O italiano Matteo Moschetti, da Trek – Segafredo, venceu a 1ª edição da corrida Per Sempre “Alfredo”, batendo ao sprint o espanhol Mikel Aristi, da Euskaltel – Euskadi, e o italiano Samuele Zambelli, da Seleção Nacional Italiana!
Com este triunfo, a Trek completa um fim-de-semana de sonho, depois das vitórias nas mais renomadas clássicas Milão-Sanremo e Troféu Alfredo Binda, através de Jasper Stuyven e de Elisa Longo Borghini.
Esta nova prova de um dia, disputada na região de Florença, integra o calendário UCI Europe Tour (UCI 1.1), e foi criada como homenagem a Alfredo Martini. O antigo ciclista e treinador italiano, nascido em Sesto Fiorentino, onde faleceu no ano de 2014, faria, no passado mês de fevereiro, 100 anos de idade.
A clássica apresentava uma ligação de 162 km entre Florença e Sesto Fiorentino. Na primeira metade da jornada, o pelotão enfrentava quatro subidas: Quattro Strade (por duas vezes), Vetta le Croci, e Croci di Calenzanonão. Tratava-se de um conjunto de dificuldades montanhosas não muito íngremes, mas longas, o que prometia desgastar bastante os ciclistas. A fase complementar do percurso seria, por sua vez, praticamente plana, consistindo num circuito com 4 passagens pela meta.
À partida, um lote interessante de competidores preparava-se para disputar esta nova clássica, com destaque para a presença de duas formações do World Tour: Trek -S egafredo e Team DSM. Estas formações iriam tentar fazer valer as suas armas frente à concorrência, que não se apresentava como um obstáculo assim tão fácil. Em termos de escalão UCI ProTeam, eram 7 as equipas: Bardiani, Caja Rural, Vini Zabù, Androni, Euskaltel – Euskadi, Gazprom, e EOLO – Kometa. Completavam a startlist 8 formações do escalão continental e ainda a Seleção Nacional Italiana.
A Trek trazia o sprinter Matteo Moschetti e um alinhamento forte, com Niklas Eg, Amanuel Ghebreigzabhier, Jacopo Mosca, Nicola Conci, Antonio Tiberi, e Antonio Nibali, o que lhe conferia maior favoritismo e responsabilidade de controlar a corrida.
Não querendo deixar os seus créditos por mãos alheias, a formação norte-americana controlou durante toda a jornada, imprimindo um ritmo forte logo nos primeiros km. O pulso firme da Trek e o terreno em constante subida na primeira parte da corrida impossibilitaram a formação de qualquer fuga.
Já no circuito final, uma grande queda acabou por retirar alguns homens rápidos da discussão do sprint. A Trek controlava as operações, ainda e sempre, possuindo também o comboio mais forte para a preparação do sprint final.
No assomo à meta, Matteo Moschetti acabou por capitalizar o trabalho da equipa durante toda a jornada e confirmar o seu favoritismo, batendo ao sprint o basco Mikel Aristi, da Euskaltel – Euskadi, e o jovem italiano Samuele Zambelli, ciclista dos quadros da Iseo Serrature – Rime – Carnovali, mas que correu esta prova com as cores da Seleção Nacional Italiana.
Desta forma, Moschetti consegue regressar às vitórias, algo que não acontecia desde fevereiro de 2020, quando se impôs a Pascal Ackermann, por duas vezes consecutivas, nas provas do Challenge de Maiorca. Passado alguns dias, Moschetti sofreu uma grave queda na 3ª etapa da Étoile de Bessèges, que o afastou da competição durante cerca de meio ano. O milanês de 24 anos regressa agora aos triunfos e parece estar finalmente de volta à forma que lhe conferiu um estatuto de grande promessa do sprint transalpino.
Quanto à equipa norte-americana, fecha com chave de ouro este fim-de-semana por terras italianas, com vitórias nas clássicas Milano Sanremo, Troféu Alfredo Binda, e Per Sempre “Alfredo”!