Estrela de campeão! Tudo sai bem a Fuglsang!

No terceiro dia da 66ª Vuelta a Andalucia Ruta Ciclista Del Sol, nova vitória para Jakob Fuglsang (Astana). O dinamarquês, líder da competição, tinha já vencido a primeira etapa e consolida agora a sua camisola amarela ao ganhar mais 8 segundos a Mikel Landa (Bahrain-McLaren), que hoje foi apenas 8º. Em segundo lugar na etapa, ficou Pello Bilbao (Bahrain-McLaren) e o terceiro foi Brandon McNulty (UAE-Team Emirates). O final fica marcado, contudo, pelo golpe de teatro nos últimos metros da etapa, em resultado da saída de estrada na última curva de Dylan Teuns (Bahrain-McLaren) e Jack Haig (Mitchelton-Scott), que se encaminhavam para discutirem entre os dois a vitória no dia e talvez conseguirem ganhar alguns segundos na luta pela geral.

Após dois dias de competição, os ciclistas enfrentavam 176 km e mais de 3.000 metros de desnível acumulado, entre Jáen e Ubeda, para a terceira tirada, a etapa rainha da Volta à Andaluzia. No perfil da jornada, alinhavam-se cinco contagens de montanha, duas delas de primeira categoria, e outras duas de segunda, uma das quais colocada a 15 km do final. Nos últimos km, o percurso seria muito técnico, com estradas apertadas, muito sobe e desce, e ainda algum empedrado.

O desafio estava lançado, e logo à partida os corredores mostraram ao que vinham, imprimindo um ritmo de corrida muito forte, o que causou fraturas importantes no pelotão. Um grupo de 44 ciclistas, contendo Fuglsang e os principais homens da geral, isolou-se logo na primeira subida, o que garantiu que este não seria um dia tranquilo para ninguém. Na penúltima contagem do dia, o Puerto de Magina (primeira categoria com mais de 15 km de extensão), um grupo de 10 ciclistas conseguiu separar-se do grupo de 44, incluindo nomes importantes como Andrey Zeits (Mitchelton-Scott), homem perigoso para as contas da geral, e Enric Mas (Movistar), que seguia em busca da etapa, uma vez que na geral já se encontra muito atrasado. Os restantes escapados, incluindo Fuglsang, foram depois alcançados pelo pelotão, o que conferia uma imagem mais normal à etapa.

A 10 km do final, um grupo de 5 sobrevivia aos altos e baixos do dia ainda na frente, com um minuto sobre o pelotão: Silvan Dillier (AG2R La Mondiale), Mikel Bizkarra (Fundación-Orbea), Floris De Tier (Alpecin), Enric Mas (Movistar), e Damiano Caruso (Bahrain-McLaren).

Apesar dos esforços de Enric Mas, na tentativa de levar a etapa, o pelotão conseguiu mesmo alcançar todos os fugitivos já dentro dos 3 km finais, numa altura em que o grupo principal já vinha partido, com os homens da geral a prepararem-se para mais uma vez discutir a etapa e alguns segundos importantes.

Assim que Mas foi apanhado, a Movistar atacou com Marc Soler, com Landa, Fuglsang e restantes favoritos a seguirem atrás. Dentro dos 2 km finais, Dylan Teuns e Jack Haig destacaram-se e pareciam ter tudo para discutirem a vitória entre eles. Contudo, na última curva, dentro dos derradeiros 100 metros, golpe de teatro! Em vez de seguirem pela curva apertada à direita, Teuns e Haig seguiram em frente para a escapatória dos carros de apoio. Embora tenham conseguido regressar rapidamente à estrada, o engano custou o tempo suficiente para Fuglsang, que seguia logo atrás, passar para a dianteira e levantar os braços à passagem pela meta, não obstante o esforço final de Pello Bilbao, que acabou na segunda posição. Teuns e Haig foram 6º e 7º, e Landa 8º, cedendo cada um 8 segundos para Fuglsang, que assim dilata a sua vantagem na geral para o trio de Bahrain-McLaren que o persegue: 14 segundos para Landa, 30 para Bilbao, e 31 para Teuns.

O único português em prova, Nelson Oliveira (Movistar) terminou na 68ª posição, a 2:58 do vencedor, e na classificação geral ocupa a 71ª posição, a 19:30 da frente.

Amanhã disputa-se a quarta etapa, na região da Serra Nevada, entre Villanueva Mesia e Granada, numa distância bem menor do que nos dias anteriores: 125 km. Embora só existam três contagens de montanha, sendo as duas primeiras de terceira categoria, a terceira contagem é de primeira, o Alto del Purche, com 8,8 km de extensão e 7,9% de inclinação média. Depois do alto da contagem são 18 km em descida até à meta. Apesar de ainda existir um contra-relógio de 13 km no dia seguinte, vai ser em Purche que se vai jogar muito da Volta à Andaluzia.

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