King Kung e King Pejtersen são de novo os Reis do Contrarrelógio na Europa!
Depois da vitória em 2020 em Plouay, o suíço Stefan Kung voltou a ativar o modo “King Kung” e revalidou o título Europeu que havia conquistado o ano passado, desta vez num percurso totalmente plano, batendo o italiano Campeão do Mundo da especialidade, Filippo Ganna, por 8s e o belga Remco Evenepoel por 15s, cumprindo os 22.4km do percurso em 24:29, com uma média de 54.86 km/h!
O contrarrelógio dos Elites Masculinos contava com 39 ciclistas à partida para o esforço individual, e rapidamente fomos tendo bons tempos à chegada, com o dinamarquês Kasper Asgreen a ser a primeira grande referência em 25:21, um bom tempo, mas que já estava a ser batido no ponto intermédio quando Asgreen cruzou a linha de meta. Pouco depois chegaria o português Rafael Reis com um grande registo, cumprindo o percurso em 26:03, para se colocar na segunda posição virtual.
O italiano Edoardo Affini também não tardava em chegar, cumprindo o percurso em 25:08, para se colocar na liderança virtual, e pouco depois chegava também o suíço Stefan Bissegger, em 24:52, para o destronar. Durante bastante tempo o trio permaneceu no comando da prova, destacando-se apenas os tempos de Maciej Bodnar, com 25:33, e de Jos van Emden, com 25:46, que se colocaram no top5 provisório.
Foi preciso chegar aos últimos ciclistas para a prova voltar a ganhar alguma emoção. João Almeida chegaria também num fantástico tempo, com 25:46 a colocá-lo no top5 provisório, mas os tubarões estavam também a chegar. O alemão Max Walscheid era o primeiro, com o registo de 25:07 a dar-lhe a segunda posição momentânea por apenas 3 décimos de segundo. Atrás de si, já Filippo Ganna tinha dobrado um Tadej Pogacar em clara perda, e se colocava na liderança virtual, em 24:37. O esloveno bi-Campeão do Tour de France faria inclusive um tempo pior que o de João Almeida em 25:50.
Com os três últimos ciclistas por chegar, os olhos caíam em Remco Evenepoel, que estava perto de bater Ganna no ponto intermédio, mas o jovem belga não foi capaz de o fazer, terminando a 7s do Campeão Mundial. Os italianos presentes já cantavam vitória, mas o King Kung estava para chegar e surpreender toda a gente, dobrando Remi Cavagna já dentro dos últimos 250m, para alcançar o tão desejado Ouro e revalidar assim o título Europeu de contrarrelógio com o registo de 24:29! Cavagna fecharia ainda na nona posição, em 25:35.
O balanço dos portugueses foi bastante positivo, com João Almeida a fechar na 10ª posição, ele que se propôs a um Top10, e Rafael Reis na 14ª, cumprindo assim o objetivo do Top15!
A título de curiosidade, refira-se que o tempo do vencedor Sub23 daria para alcançar a nona posição entre os elites.
Classificações Completas
Nos Sub23, a vitória foi para o dinamarquês Johan Price-Pejtersen, que com um tempo de 25:35 alcançou o seu segundo título na categoria, depois de ter vencido também a prova de 2019, na altura batendo Mikkel Bjerg e Stefan Bissegger. Desta feita, depois da ausência em 2020, Pejtersen recuperou o título Europeu, batendo o norueguês Soren Wærenskjold por 33s e o neerlandês Daan Hoole por 34s.
O contrarrelógio contava com a presença de 49 ciclistas, entre os quais o português Fábio Fernandes. Os bons tempos começaram desde início a aparecer, com o espanhol Raul Garcia Pierna a fazer 26:19, mas a não durar sequer 20s na primeira posição, pois logo atrás de si chegaria o dinamarquês Price-Pejtersen em 25:35 para se sentar na cadeira quente.
Price-Pejtersen estabeleceria uma barreira intransponível, a dos 26 minutos, que nenhum outro ciclista seria capaz de bater. Vários ciclistas chegariam depois, mas não preocupando sequer o segundo lugar de Garcia Pierna. O alemão Maurice Ballerstedt, o croata Fran Miholjevic, o espanhol Juan Ayuso e o dinamarquês Adam Holm Jorgensen eram as maiores ameaças, mas marcavam tempos a 1:03, 1:12, 1:16 e 1:20, respetivamente, de Price-Pejtersen, que estava confortável na liderança da classificação geral.
Entretanto chegava também Fábio Fernandes, com um tempo um pouco aquém das expectativas, parando o relógio em 29:48, um modesto registo, que lhe daria apenas a 44ª posição final.
A luta pelas restantes medalhas estava reservada para os últimos seis ciclistas a partir, com o neerlandês Daan Hoole a marcar 26:09 e a colocar-se no pódio provisório. O alemão Michel Hessmann fazia, logo de seguida, 26:13, e colocava-se na terceira posição do momento, mas com quatro ciclistas por chegar o nervosismo era evidente. O italiano Filippo Baroncini fazia apenas a marca de 26:24, e após ele chegavam o belga Lennert van Eetvelt em 26:34 e o suíço Alexandre Balmer em 26:30. O alemão ainda acreditava, mas foi o último ciclista a partir, Soren Wærenskjold a colocá-lo na quarta posição para agarrar ele próprio a medalha de prata, com o tempo de 26:08, apenas 8 décimos de segundo melhor que Hoole!
A título de curiosidade, o tempo do vencedor junior, o belga Alec Segaert, daria para terminar na oitava posição entre os Sub23.