Um Mundial estranho, onde o dinheiro é que conta e os mais novos não, já que a UCI achou por bem realizar apenas as provas das elites – “ciclismo para todos” fica uma vez mais em casa.

José Poeira optou por escolher 4 corredores do Wold Tour para este Mundial em Imola que apesar de não ser da dureza do previsto na Suiça, será bem longo, onde Rui Costa e Ruben Guerreiro até poderão brilhar. Por outro lado o contrarrelógio será dos mais curtos e mais planos de sempre, deixando de fora as aspirações claras de Nelson Oliveira, mas abrindo a porta a um bom resultado de Ivo Oliveira.

Os 4 guerreiros vão participar no dia 27 deste mês, um circuito de 28,7 quilómetros, que será percorrido 9 vezes, totalizando 258,2 quilómetros e um acumulado de subida de 5 mil metros. Em todo o circuito há dois pontos chaves – a primeira, uma subida de 2.8kms de inclinação média de 5.9%, sendo o primeiro quilómetro o mais duro com máximo de 13%. E a segunda, a 13kms da linha de meta, terá 2.8kms, com média de 6.4%, mas rampas de 14% a meio da mesma.

No dia 25 de setembro, Ivo e Nelson partem para um contrarrelógio de 31.7kms, com um acumulado de 200metros. O percurso não beneficia o nosso melhor contrarrelogista Nelson Oliveira já que não há qualquer dificuldade ao longo do percurso. Por outro lado, Ivo Oliveira, que prefere dias mais planos poderá lutar por uma boa posição.

A seleção Portuguesa tem atingido bons resultados, conseguindo sempre alcançar Top10 nas ultimas edições das provas.

“O contrarrelógio não é tão longo quanto gostaria o Nelson Oliveira, mas, assim, acaba por encaixar melhor nas caraterísticas do campeão nacional da especialidade, Ivo Oliveira. A prova de fundo vai fazer-se muito dura, mas é um circuito diferente do habitual, mais longo. Faz com que as dificuldades estejam distantes entre si e afastadas da chegada”

José Poeira, selecionador nacional