Gémeos Oliveira fecham em beleza e vencem Madison no último dia em Anadia!

No último dia de Trofeu Internacional Município de Anadia, Portugal conseguiu finalmente o desejado triunfo com os gémeos Oliveira a alcançarem o ouro no Madison, para encerrar de forma perfeita a participação neste evento!

Pódio do Keirin feminino com Ekaterina Gnidenko – Laurine van Riessen – Nataliia Antonova (da esquerda para a direita)

Keirin Feminino

A jornada começou com as qualificações do Keirin Feminino, apurando 6 das 8 atletas presentes para a grande final. As britânicas foram as que acabaram por ceder, ficando assim fora da final A.

Na final B, disputada no encerramento da tarde, com apenas duas ciclistas, Stephani Hall bateu Serena Natt e fechou na sétima posição. A final A viu as russas saírem na frente, mas todas marcavam Laurine van Riessen que na penúltima volta assumiu a frente e não mais a perdeu, para garantir o triunfo batendo Ekaterina Gnidenko e Nataliia Antonova.

Pódio do Keirin Masculino com Vasilijus Lendel – Joseph Truman – Jack Carlin (da esquerda para a direita)

Keirin Masculino

Nas qualificações do Keirin Masculino, as séries foram bastante mais, com apenas os vencedores das séries a apurarem-se para as meias finais. Vasilijus Lendel levou a melhor na primeira corrida, enquanto as seguintes foram ganhas por Joseph Truman, Konstantinos Livanos, Sam Ligtlee, Jack Carlin e Jose Moreno que também garantiram o apuramento direto. Todos os restantes ciclistas teriam de disputar a repescagem para as meias finais.

Depois do Madison tiveram lugar as repescagens do Keirin, com o espanhol Juan Peralta a vencer a primeira série e a garantir o apuramento, da mesma forma que o fizeram também Ekain Jimenez, Alejandro Martínez, Svajinas Jonauskas, David Shekelashvili e Pavel Yakushevskiy.

A tarde começou com as meias finais do Keirin Masculino, que se correu com duas mangas de seis ciclistas e que apurava os melhores três de cada uma para a grande final. Na primeira meia final, Vasilijus Lendel abriu a todo o gás, colocando alguns adversários em dificuldades, mas Jack Carlin controlou para vencer e confirmar o favoritismo, com o russo Pavel Yakushevskiy a ser terceiro. Na segunda meia final, foi Svajinas Jonauskas a vencer com Joseph Truman a ser segundo e Juan Peralta terceiro. Jose Moreno fecharia em quarto depois de ter passado toda a prova na dianteira.

Na final B masculina, Jose Moreno voltou a sair na dianteira, mas Sam Ligtlee acabou por dominar facilmente e garantiu a sétima posição, com José Moreno em segundo a garantir o oitavo lugar e Konstantinos Livanos no terceiro a garantir o nono. Na final A, foi o russo Pavel Yakushevskiy a sair a todo o gás, mas rapidamente a marcação não o deixou ganhar metros. Lendel tentou acelerar na penúltima volta, mas Jack Carlin respondeu e abriu o sprint, porém era cedo. Joseph Truman passou o compatriota e garantiu a vitória, com Lendel a conseguir ainda ser segundo nos últimos metros e Carlin a ficar em terceiro.

Pódio do Madison Feminino com as equipas Neerlandesa – Russa – Britânica (da esquerda para a direita)

Madison Feminino

Às qualificações do Keirin seguiu-se o Madison feminino, com 15 equipas em pista e um ritmo bastante calmo, mas a aproximação ao primeiro sprint viu o ritmo aumentar e algumas equipas ganharem espaço. As neerlandesas Maike van der Duin e Lonneke Uneken aproveitaram para somar os primeiros cinco pontos, colocando-se na liderança. O pelotão acabou por partir com a chegada ao sprint, mas voltou a juntar-se antes de nova aceleração para o segundo sprint, com as neerlandesas a voltarem a levar a melhor.

No terceiro sprint, as neerlandesas pouparam forças, e as russas conquistaram cinco pontos, batendo as britânicas numa disputa apertada. O quarto e quinto sprint foram conquistados sem dificuldade pelas neerlandesas, que se destacavam cada vez mais na geral da prova. No sexto sprint, um forte ataque das britânicas foi bem sucedido com Pfeiffer Georgi a não dar hipótese às adversárias e a passar na frente, colocando a sua dupla na segunda posição. Num momento de maior apatia, as russas atacaram, e não tiveram resposta. Em vista de serem dobradas e passadas na geral, as neerlandesas perseguiam, mas não conseguiram fechar o espaço. As russas Gulnaz Khatuntseva e Diana Klimova venceram isoladas os dois últimos sprints, chegando aos 24 pontos que as neerlandesas tinham à entrada para o último sprint. Porém, o grande trabalho de perseguição das neerlandesas impediu-as de ter forças para pontuar no último sprint para garantir a vitória, e assim fecharam na segunda posição com os mesmos pontos. As britânicas Pfeiffer Georfi e Sophie Lewis foram terceiras, com 19 pontos.

Madison Masculino

Depois de uma excelente qualificação, Portugal apurou quatro equipas para o Madison Masculino, com os gémeos Oliveira a comporem a primeira dupla, João Matias e Rodrigo Caixas a segunda, César Martingil e Diogo Narciso a terceira, e ainda Daniel Dias e Francisco Marques na quarta, com o selecionador nacional, Gabriel Mendes, a aproveitar para passar a experiência dos veteranos Martingil e Matias para os jovens Caixas e Narciso. Destacava-se também a presença de um dos Campeões Europeus da especialidade, o neerlandês Yoeri Havik.

A corrida masculina começou com as 18 equipas em pista a tentarem estudar-se e organizar-se no pelotão, que se foi estirando progressivamente na pista. O ritmo aumentou para o primeiro sprint, com os gémeos Oliveira sempre muito bem colocados a serem terceiros, com os neerlandeses a levarem a melhor. No segundo sprint foram os gémeos a levarem a melhor, colocando-se na primeira posição provisória, em igualdade pontual com os neerlandeses da Beat Cycling. No terceiro sprint, os neerlandeses voltaram a ser mais fortes e regressaram à liderança.

Surgiu depois um ataque de Thomas Boudat, que esticou muito o pelotão, mas a rendição não foi bem sucedida e os franceses foram anulados. Havik voltou a dar a pontuação máxima no quarto sprint, com Ivo Oliveira logo atrás, destacando-se assim as duas duplas na dianteira da corrida. No quinto sprint, os gémeos Oliveira voltaram a ser os mais fortes e conquistam os cinco pontos, numa fase em que também tentavam sair do pelotão, juntando-se à iniciativa de outra dupla que acabou por não ter sucesso. O sexto sprint sucedeu como o quarto, com os neerlandeses na frente e os portugueses logo atrás. A meio da prova, os neerlandeses da Beat tinham 22 pontos, com os gémeos a somarem 18 e a equipa galesa a ser terceira com apenas 8.

A dupla neerlandesa de Roy Eefting e Ryan Schilt atacou à entrada da segunda metade da prova, e os gémeos muito atentos agarraram-se à roda, obrigando outras equipas a acelerarem na perseguição. A equipa francesa juntar-se-ia também, e isso permitia uma outra capacidade, com a Beat a ter de gastar muitas forças para perseguir. A França venceria o sprint para assumir a terceira posição, com os portugueses logo atrás a ficarem colados à dianteira. O pelotão reagruparia, e o oitavo sprint aproximava-se. Portugal fazia apenas um ponto, perdendo a diferença conquistada no sprint anterior. A Suíça esboçou novo ataque e os gémeos não se fizeram rogados, agarrando a sua roda, com os franceses logo atrás e o restante pelotão a ficar de novo espaçado. A Beat esteve muito próxima de fechar o espaço, mas começou a sentir dificuldades e os portugueses embalaram atrás da equipa de França, que vencia um novo sprint.

O pelotão voltava a partir com a equipa suíça, a equipa francesa, a Beat, os gémeos e ainda Matias-Caixas a ficarem adiantados. Sem ninguém querer puxar, o pelotão voltou a reagrupar e foram os dinamarqueses da Uno-X a lançarem o décimo sprint, que acabaria ganho pelos franceses, com os gémeos na terceira posição a colocarem-se na liderança provisória. A Uno-X voltou a atacar e não teve resposta do pelotão, parecendo que poderiam chegar à volta de avanço. Portugal e França reagiram já no momento do sprint e uma aceleração fortíssima de Ivo Oliveira garantiu a segunda posição e a liderança provisória para os portugueses, que passavam diretos pela equipa da Uno-X. Portugal continuou a carburar para o último sprint, quando a Beat estava com muitas dificuldades a responder. A França alcançava Portugal numa primeira fase, e a Beat chegava já próximo do último sprint. A marcação tornava-se apertada e Portugal deixava os britânicos da Inspired ganharem vantagem para o último sprint, o que permitia que os gémeos pudessem jogar melhor com os pontos dos últimos metros. Os franceses saíram no encalço, sem resposta da Beat, o que permitia aos gémeos cortar na quarta posição para o triunfo, já que os franceses não tinham pernas para bater os britânicos. Assim veio a suceder e os gémeos Oliveira triunfaram com 32 pontos, deixando a Beat na segunda posição com 31 e os franceses Boudat e Louis Pijourlet em terceiro, com 29 pontos.

Pódio do Scratch Junior Feminino com Ane Mazon – Heidi Gaugain – Laura Simão (da esquerda para a direita)

Scratch Junior Feminino

Na primeira prova da jornada para as juniores femininas, três ciclistas subiram à pista, numa corrida bastante dura, com vários ataques a acontecerem desde as voltas iniciais. A francesa Heidi Gaugain ganhou uma grande vantagem um pouco antes da metade da prova, e a perseguição não tinha a melhor coordenação. Laura Simão ainda tentou responder, mas as ciclistas espanholas uniram-se para quebrar a sua iniciativa. A francesa conseguiu dar a volta de avanço e as restantes ciclistas não tiveram hipótese a não ser lutar pela segunda posição. Arene Perez tentou atacar a três voltas do final, mas foi Ane Mazon a ser segunda ao sprint, com a portuguesa Laura Simão na terceira posição.

Pódio do Scratch Junior Masculino com Aaron Merenciano – Justus Willemsen – Miltiadis Charovas (da esquerda para a direita)

Scratch Junior Masculino

Na prova masculina, a corrida começou praticamente ao ataque, com uma movimentação de Urko Vidal, mas a reação do pelotão não permitiu que o espanhol ganhasse vantagem. Vidal tentaria uma e outra vez, mas sem sucesso. Sergio Serrano e Siro Pallares estiveram também muito ativos, mas na fase intermédia da prova, porém, a reação do pelotão impedia-os de conseguirem efetuar a desejada dobragem.

As mexidas eram constantes, e rapidamente se acabou por entrar nas voltas finais para preparar o sprint final. Aaron Merenciano e Justus Willemsen ganharam bastante margem para os adversários, e foi entre eles que se acabou por decidir a vitória, com o neerlandês a prevalecer e a arrancar o triunfo.

Pódio do Scratch Feminino com Sophie Lewis – Lonneke Uneken – Maike van der Duin (da esquerda para a direita)

Scratch Elite Feminino

A prova de Scratch das Elites Femininas foi a segunda da tarde, depois das meias finais do Keirin Masculino e viu uma corrida a começar com as ciclistas a estudarem-se bastante, sem que os ataques surgissem. O ritmo foi aumentando progressivamente e nenhuma ciclista tentou esboçar qualquer tipo de movimentação. Foi só a 9 voltas do final que surgiu o primeiro ataque, com Eukene Larrarte a tentar surpreender, mas a ser seguida de perto por Maike van der Duin, Sophie Lewis e Argiro Milaki. O pelotão teve de responder, mas parecia não haver entendimento e foi mesmo Lonneke Uneken que acabou por chegar à frente em solitário. O sprint pela vitória ficou entre as cinco ciclistas, e foi Uneken a levar a melhor depois da última curva, batendo Lewis e Duin, segunda e terceira, respetivamente.

Pódio do Scratch Masculino com Rodrigo Caixas – Philip Heijnen – Roy Eefting (da esquerda para a direita)

Scratch Elite Masculino

A prova masculina começou da mesma forma que a feminina, com o ritmo a ser progressivamente superior e nenhum ciclista a querer esboçar qualquer tipo de ataque na fase inicial. Uma movimentação surgiu à volta 20, com Cesar Martingil integrado, mas o pelotão estava atento e fechou o espaço. O neerlandês Philip Heijnen tentou atacar depois em busca de dar a volta e o pelotão esticou, tentando impedi-lo de concretizar a dobragem, mas a junção aconteceu mesmo.

Colby Lange tentava também dobrar o pelotão, e conseguiu alguma vantagem, mas as respostas forma muitas e a iniciativa acabou por não ter sucesso. William Roberts tentou também atacar, mas o pelotão não relaxava e Roberts acabou por abdicar ao perceber que não iria ter sucesso, numa fase em que seguia já com o compatriota William Perrett.

Os ataques não pararam e vários eram os ciclistas que se tentavam colocar a par de Heijnen. O pelotão acabou por impedir estas movimentações de terem sucesso e foi mesmo Heijnen a fechar algumas das mexidas, tentando garantir a sua vitória. A cinco voltas do fim, deu se o ataque de Rodrigo Caixas, com Vincent Hoppezak e Gustav Johansson. Caixas acabou por ganhar uns metros e a perseguição não conseguia fechar o espaço, com o português a fechar na segunda posição, ele que ainda é sub-23! No terceiro lugar terminaria Roy Eefting.

Pódio da Corrida por Pontos Junior Feminina com Ane Mazon – Heidi Gaugain – Arene Perez (da esquerda para a direita)

Corrida por Pontos Junior Feminino

As juniores femininas voltaram à pista na corrida por pontos, que começou desde logo com Oneka Sanchez ao ataque e a francesa Heidi Gaugain a perseguir fechando sem problemas o espaço. Os ataques das espanholas iam surgindo, mas a paraciclista francesa estava um nível acima das adversárias. No primeiro sprint, Marta Carvalho tentou distanciar-se, mas foi Gaugain a levar a melhor, com a portuguesa Laura Simão a ser quarta, conquistando um ponto.

O ritmo acabou por abrandar pouco depois e só espevitou de novo com o segundo sprint, também com Gaugain a vencer e a ter Laura Simão na terceira posição. Oneka Sanchez tentou atacar pouco depois, mas voltou a ser marcada de perto por Gaugain. Arene Perez acelerou para o terceiro sprint e levou a melhor, com Gaugain a ser segunda e a atacar logo de seguida com Ane Mazon a ser a única a segui-la. As portuguesas Laura Simão e Marta Carvalho esboçaram uma resposta, com o pelotão a partir-se, enquanto Mazon e Gaugain se começavam a marcar e o pelotão reagrupava de novo.

No quarto sprint, Gaugain voltou a acelerar, mas deixou a corda aberta e Mazon passou-a pelo lado de dentro para vencer o sprint. As duas acabaram por se distanciar, com Mazon a agarrar-se à sua roda, mas a não querer colaborar. Gaugain atacou sem resposta de Mazon, que esperava pela ajuda das colegas espanholas, mas a francesa estava intratável e Gaugain completava a volta de avanço, para quase confirmar a vitória. Gaugain ainda levantou um pouco o pé para vencer o penúltimo sprint, fazendo a junção logo de seguida, enquanto Mazon somava mais três pontos, com Marta Carvalho logo atrás.

A francesa não parava e voltava a atacar sem resposta, para vencer também o último sprint e consagrar-se como a grande vencedora da corrida. Arene Perez era segunda, garantindo a terceira posição final, com Mazon em terceira a ser segunda, e Laura Simão a ser quarta e a fechar na quarta posição final.

Pódio da Corrida por Pontos Junior Masculino com Zak Erzen – Yago Aguirre – Beñat Garaiar (da esquerda para a direita)

Corrida por Pontos Junior Masculino

Seguiu-se a corrida por pontos dos juniores masculinos que começou com Iago Aguirre ao ataque, levando consigo o português André Ribeiro (CC Barcelos). Siro Pallares voltou a tentar a sua sorte, com Eneko Arocena na sua roda e a dupla a ganhar asas para completar uma volta de avanço para o pelotão. Alejandro Merenciano vinha a juntar-se a eles já perto da reentrada e completou também a volta de avanço. Zak Erzen reagiu de imediato, mas não conseguiu mais do que espevitar o pelotão.

Gonçalo Amaral atacou para vencer o segundo sprint, mas o francês Mathieu Dupe impediu-o, com o português João Martins a tentar ainda levar a melhor, fechando na segunda posição. Aimar Gorriñobeaskoa tentou atacar depois do segundo sprint e acabou mesmo por completar os 20 pontos da dobragem depois de vencer o terceiro sprint. André Ribeiro tentou fazer o mesmo, mas não teve pernas e acabou por abdicar.

João Martins tentou atacar, mas sem sucesso, com o ritmo a aumentar e a ser Iago Aguirre a atacar com o pelotão a acalmar uma vez mais. Aguirre preferiu não esperar pelo sprint e somou os 20 pontos da volta. Na luta pelo sprint, foi Alvaro Navas a levar a melhor e logo de seguida foi Zak Erzen a atacar, recebendo pouco depois a companhia de Beñat Garaiar, enquanto Jose Segura saía do pelotão e Yago Aguirre tentava dar nova volta. João Martins juntava-se a eles e o trio lutava para dar a volta, enquanto o duo de Erzen e Garaiar havia já fechado o espaço. Segura vencia o quinto sprint, com João em segundo e a junção do trio viria a acontecer pouco depois.

Mais ciclistas tentavam ganhar voltas de avanço, e o pelotão esticava uma vez mais, com Zak Erzen a vencer o sexto sprint. Sergio Serrano tentou atacar na companhia de outros dois ciclistas, mas o pelotão acabou por anular a movimentação, já próximo do sétimo sprint, com Zak Erzen uma vez mais na frente das movimentações. O sprint acabou por ser ganho por Mathieu Dupe, com Erzen em segundo, Merenciano em terceiro e Aguirre em quarto. Aguirre já só precisava de não perder voltas para segurar a vitória final! O ritmo do pelotão abrandou por momentos, e o pelotão encaminhou-se compacto para o sprint final, onde Garaiar bateu Erzen, para fechar na terceira posição final, com o esloveno em segundo, a garantir a segunda posição final. João Martins era quarto e fechava na quinta posição, com 28 pontos.

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