Miguel Angel Lopez revela pressões psicológicas que o desporto provoca!

O colombiano Miguel Angel López, ciclista da Movistar Team, revelou publicamente ter equacionado afastar-se do ciclismo profissional, referindo-se ao holandês Tom Dumoulin (Jumbo – Visma) como exemplo, ao destacar as exigências do desporto e da modalidade.

O colombiano de 27 anos passou da Astana para a Movistar e está prestes a embarcar na sua sétima temporada como profissional, na esperança de transformar a sua série de sucessivas presenças no Top10 da classificação geral, numa conquista de uma prova de 3 três semanas.

Dumoulin afastou-se recentemente do desporto para descobrir o que quer da sua carreira e Lopez, numa entrevista ao jornal colombiano El Tiempo, revelou que já tinha tido pensamentos semelhantes.

“Quando se é um líder, é se responsável por toda uma equipa, mas há momentos de desespero e, por vezes, pode-se pensar de cabeça quente. É importante estar bem apoiado. Eu próprio, para ser honesto, pensei em deixar o ciclismo para trás e dar um passo à parte, porque existem situações complexas: a pressão, o sacrifício, o esgotamento, os ferimentos…”

Miguel Angel Lopez em declarações ao Jornal El Tiempo

Depois de ter ganho o Tour de l’Avenir em 2014, Lopez tem tido uma série de azares que o impedem sempre de estar na melhor forma para lutar pela vitória final de uma grande volta. Apesar disso, o colombiano já tem dois pódios – no Giro e na Vuelta em 2018 – e ainda quatro Top 10 na sua curta carreira em Grandes Voltas.

“Temos de tentar continuar na vida, porque a vida, tal como o ciclismo, tem muitos buracos. Tens de manter a fé e a motivação. O que me mantém em movimento é o desejo, a paixão por querer alcançar coisas e perseguir os seus sonhos”

Miguel Angel Lopez em declarações ao Jornal El Tiempo

Mesmo há pouco tempo na Movistar, Lopez já observou que um dos fatores para reduzir a pressão sobre os seus ombros é o seu estatuto na equipa. Na Astana ele era a grande esperança da equipa na era pós-Nibali e Aru, mas na Movistar, ele sentiu que os espanhóis aliviaram a sua pressão já que correrá ao lado dos restantes líderes de equipa, Enric Mas, Alejandro Valverde e Marc Soler.

A sua primeira prova com a camisola da Movistar será o Tour of Alps, a 19 de Abril, e provavelmente seguirá para a Tour of Romandie logo de seguida. O colombiano não irá alinhar no Giro d’Italia, e será o braço direito de Enric Mas no Tour de France, antes de ir para a Vuelta a España, onde deverá liderar a equipa espanhola.

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