Melhores do Ano #45 – Fez-se história para Portugal e o futuro promete mais!
Em 2020 Portugal marcou o seu nome na história do Ciclismo Mundial! Vitórias de etapa, camisolas, e um Rosa que perdurou no Giro d’Itália, Títulos Europeus e Recordes do Mundo compuseram um ano em cheio para as cores lusas e memórias que jamais esqueceremos! Para Ciclista Português do Ano temos então nomeados João Almeida, Iúri Leitão, Ruben Guerreiro e Tiago Ferreira, e vais poder relembrar já de seguida as temporadas de cada um deles!
João Almeida estreou-se pela Deceuninck – QuickStep no Tour Down Under, mas foi na Volta ao Algarve que começou a dar nas vista do maior pelotão do Mundo com o 9º lugar final e a dupla formada com Remco Evenepoel, que venceria a competição. No regresso do confinamento a dupla apareceu de novo na Vuelta a Burgos, com o jovem português de 22 anos a ser terceiro à geral, e a ser uma vez mais melhor que grandes nomes do pelotão. O 7º lugar e a classificação da juventude no Tour de l’Ain fazia antever que o sucesso do português estaria à porta, mas esbarrou no russo Vlasov no Giro dell’Emilia, com a vitória a escapar por muito poucos metros. Na Coppi e Bartali voltou a fazer terceiro à geral, e a partir daí começou a sua preparação para o Giro d’Itália, corrida para a qual havia sido chamado devido à lesão sofrida por Evenepoel. Almeida entrou logo com tudo quando foi o melhor atrás do super Filippo Ganna no contrarrelógio de abertura, e na etapa seguinte terminou em sexto. Na chegada ao Etna logo na terceira etapa, Almeid avoltou a estar com os melhores, e chegou à camisola rosa, empatado com o equatorianao Jhonatan Caicedo, que havia vencido a etapa na fuga. Desde aí foram 15 dias sempre de rosa, sempre na frente do pelotão, e com exibições que nada o deixaram atrás dos rivais, muito pelo contrário, foi muitas vezes até superior a eles, até que no Stelvio acabou por ceder terreno, e perdeu a camisola rosa para Wilco Kelderman. Na última etapa de montanha conseguiu ainda ser quarto, atrás de Hart, Hindley e Dennis, e mostrou que o 5º lugar à geral não lhe chegava, voltando a ser quarto no contrarrelógio final, o que lhe deu o quarto lugar na geral final, e a melhor prestação de sempre de um português no Giro, naquele que foi o seu ano de estreia no pelotão World Tour! No total de 21 etapas, concluiu sempre nos 30 melhores da etapa, 18 vezes nos 20 melhores, 11 vezes nos 10 melhores, e 7 vezes nos cinco melhores do dia, incluindo 4 vezes no pódio da etapa.
Iúri Leitão começou a temporada de pista em grande nível! Sagrou-se logo no início de fevereiro campeão nacional de Scratch, e foi segundo na Corrida por Pontos e em Perseguição Individual. Poucos deias depois voltou a estar em destaque no Trofeu Internacional de Anadia, com o terceiro lugar na prova de scratch para sub-23 e com a prata no madison em parceria com João Matias. Em outubro começaram os campeonatos da Europa e Iúri apareceu ao seu melhor nível, arrecadando três medalhas de prata nas provas sub-23 de Scratch, Eliminação e na Corrida por Pontos. Não satisfeito com os resultados, o jovem português chegou ainda melhor um mês depois aos Europeus de Elites, depois de ter obtido a medalha de prata em Eliminação, a sua primeira em Europeus da categoria, venceu categoricamente a prova de Scratch, dando às cores portuguesas o primeiro ouro da história! Também no Omnium, Iúri lutou até final, mas uma prova de Eliminação menos conseguida, acabou por permitir apenas a medalha de bronze com a qual Iúri terminou a temporada, que foi desde logo a melhor de sempre de um ciclista português na pista!
Ruben Guerreiro começou a temporada no Tour de Provence, mas apenas para ganhar ritmo antes do período de confinamento que o impediu de preparar para um dos objetivos importantes da temporada, as clássicas das Ardenas. A época teve então de ser novamente planeada, com o ciclista da EF Pro Cycling a voltar com o 17º posto na Il Lombardia, e a fechar a Bretagne Classic também no top30. Nos Europeus esteve também na ofensiva, ainda lançando Rui Oliveira para o lugar no top15 final, seguindo-se um Tirreno – Adriático em que ficou perto de vencer uma etapa, tendo sido apenas superado por Mathieu van der Poel! Os Mundiais não correram de feição, com um problema mecânico na fase decisiva a tirar o português do grupo que liderava a competição, levando assim ao abandono. O português chegava então ao Giro d’Itália com a ambição de vencer uma etapa, o que veio a conseguiu logo ao 9º dia de prova, batendo categoricamente Jonathan Castroviejo, o que lhe valeu também a subida à liderança da classificação dos trepadores. O português não se fez rogado e assumiu a defesa da camisola, entrando num fantástico duelo com o italiano Giovanni Visconti, que acabaria por abandonar à etapa 18. No dia seguinte Ruben confirmou a vitória virtual da classificação e levantou os braços no pódio final de Milão, como o primeiro português a vencer uma classificação de uma grande volta em toda a história!
Tiago Ferreira preparava-se para mais um ano de sucessos pelo Mundo fora, mas o covid-19 veio retirar-lhe essa possibilidade com várias competições canceladas. Sem corridas e com a ambição de sempre, Tiago assumiu o desafio de tentar o Duplo Evereste em 24h, e conseguiu fazê-lo, até em menos tempo, e bateu assim um recorde do Guiness! Depois disso conquistou uma vez mais o título Nacional de XCM, após ter sido quarto classificado na segunda prova da Taça de Portugal de XCO, e acabou por se sagrar vice-campeão Mundial também no XCM e dar mais uma medalha às cores nacionais!
Com os dados lançados, tens de novo a oportunidade de decidir! Qual destes foi o Ciclista Português de 2020?
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Podes votar também na Sub-23 Portuguesa de 2020 no link abaixo!