Melhores do Ano #4 – Esforços heroicos constroem grandes provas!
Para Prova Feminina do Ano várias corridas poderiam entrar na corrida à melhor, mas como só podemos selecionar quatro tivemos de criteriosamente escolher as melhores das melhores para tu poderes decidir. Desde a Strade Bianche aos Campeonatos do Mundo, passando pela La Course by Le Tour, e por um polémico Giro Rosa, há corridas ao gosto de todos.
A Strade Bianche foi uma das primeiras provas pós-confinamento e foi desde logo uma corrida histórica. A espanhola Mavi Garcia atacou de longe, isolou-se, e ganhou mais de 4min a um pelotão que não colaborava para perseguir. A espanhola parecia ter a prova no bolso, mas Annemiek van Vleuten surgiu vinda do nada, atacou com pouco mais de 20km para o final, e recuperou quase 5min de diferença, inclusive caindo numa das mais difíceis secções de sterrato, apanhando a espanhola nos últimos 6km de corrida, para a descarregar na rampa final e conquistar a corrida italiana pela segunda vez na carreira.
Poucas semanas depois chegamos à La Course by le Tour, este ano em Nice, com um perfil explosivo, e uma corrida que se decidiu muito cedo, ainda a 40km da chegada, co um grupo de 6 ciclistas a ganhar vantagem e a não mais ser alcançado. A Trek era quem estava em vantagem com Elisa Longo Borghini e Lizzie Deignan, mas Marianne Vos era a principal favorita para um final ao sprint. A holandesa, porém, errou, e abriu o sprint ainda muito cedo, a 300m da chegada, para surpreender Deignan que seguia o lançamento de Borghini. A britânica aguentou a potência da holandesa e guardou uma réstia de força que lhe permitiu ganhar a posição nos metros finais, e vencer pela primeira vez a clássica feminina associada ao Tour de France.
Poucos dias depois teve início mais uma edição do Giro Rosa, a maior volta feminina por etapas, que nos brindou com 9 dias de corrida em grande nível. Annemiek van Vleuten chegou à liderança da geral com uma tremenda exibição logo no segundo dia de prova, mas uma queda a 500m da meta na etapa 7 retirou a holandesa da corrida com um pulso partido, e deixou a luta pela geral entre Kasia Niewiadoma, Anna van der Breggen, Cecilie Uttrup Ludwig, e Elisa Longo Borghini. A holandesa e a italiana deste quarteto tiveram logo no dia seguinte um super duelo na chegada a San Marco la Catola, que caiu para a italiana, mas foi Breggen quem levou a geral após 9 grandes dias de corrida. O ponto negativo da prova vai para a ausência de transmissão em direto na televisão, algo que para uma corrida WWT é uma condição necessária, e por isso mesmo a UCI relegou a prova para a segunda categoria de competições para 2021.
Nos Campeonatos do Mundo voltamos a assistir a mais um grande duelo entre Holanda e Itália, e até entre a própria Holanda. A corrida foi desde cedo muito atacada, mas a decisão esteve nas rampas finais onde Anna vn der Breggen aproveitou a sua explosividade para ir embora, e deixar Elisa Longo Borghini sem a conseguir seguir quando as restantes adversárias já estavam a passar ainda mais dificuldades. Annemiek van Vleuten, em grande esforço, ainda conseguiu colar na italiana vindo ao seu ritmo, cheia de dores com um pulso esquerdo partido, e terminou a corrida na segunda posição atrás da compatriota Breggen que assim conquistava a segunda medalha de ouro em Imola após ter vencido também o contrarrelógio individual.
Com a análise feita e as cartas lançadas, qual foi para ti a corrida do ano em 2020 nas senhoras?
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