Na Roda de #4 Beatriz Roxo na Vuelta a Andalucia 2022!
O Ciclismo Mundial esteve à conversa com a jovem Beatriz Roxo, ciclista da Rio Miera Cantabria Deporte, que está no seu primeiro ano de Sub23 e que competiu na passada semana na Vuelta a Andalucia, prova de categoria UCI 2.1 que contou com um excelente pelotão. Beatriz contou-nos entusiasmada que esta “foi a minha primeira corrida UCI com as elites e a minha primeira corrida por etapas“, e marcou uma excelente experiência de três dias, que lhe permitiu andar pela primeira vez com ciclistas do pelotão World Tour.
Quanto à preparação para estes três duros dias, Beatriz revela que “queria muito ter me preparado melhor para este evento, porque adoro corridas de vários dias, contudo por conta de aulas e exames não me foi possível fazer “um plano ideal” de horas em cima da bicicleta“. A equipa esteve sempre ao seu lado em todos os momentos, e tanto o staff, como as colegas, “foram sempre preocupados e atenciosos sobre a corrida“, tendo já a experiência de ter “feito esta corrida anteriormente” e de “conhecer bem as outras corredoras“, dando a Beatriz “todas as bases para o que poderia vir“.
A estreia World Tour deu a Beatriz também um dado curioso, era a ciclista mais nova do pelotão, mas a verdade é que “no meio do pelotão não me senti a mais nova, nem isso me passou pela cabeça“, mas saber que o era e “terminar uma corrida daquela dureza, ainda para mais sabendo bem das minhas características como atleta, foi muito bom“. Durante os três dias, Beatriz “estava confiante e feliz por estar naquele pelotão e isso foi algo incrível porque estava ao lado de grande corredoras“.
Perante a sua estreia numa prova deste estilo, o papel de Beatriz dentro da equipa, sendo o seu primeiro ano como Sub23/Elite, passou por “aprender, sofrer, crescer, evoluir e sempre que possível estar ao lado das minhas companheiras e ajudar lhes no que for necessário“. A primeira etapa das três acabou por ser a “que mais me marcou”. Ainda bastante cedo, Beatriz teve de recuar para “ajudar uma colega que tinha furado“, mas “a corrida vinha muito lançada com a entrada na montanha“. Quando era fácil ter parado a bicicleta por estar já atrasada, “não desisti (…) continuei a dar o máximo para poder voltar a entrar no pelotão. E consegui!“
Até cortar a linha de chegada, Beatriz só pensava em “chegar dentro do tempo de controlo e ir gerindo forças“, até porque “como eram vários dias de corrida e longos era também preciso pensar no dia seguinte“. A cada dia terminado, “passar a linha e saber que “tudo deu certo” foi muito bom, como um sentimento de dever cumprido“.
O resultado final trouxe “algo histórico” para a Rio Miera Cantabria Deporte, com o 21º lugar à geral da espanhola Carolina Fernandez, “a primeira vez que entramos nos pontos UCI numa corrida deste nível“, o que motivará certamente as ciclistas e toda a estrutura para as próximas corridas. Beatriz conclui dizendo que “não poderíamos estar mais inspiradas, felizes e realizadas sobre essa corrida, mas também para as que ainda aí vêm“!