Madison’s com muita emoção para fechar os Europeus de Anadia!

E assim chegaram hoje ao fim os Europeus de Anadia, após 6 dia na pista que se sucederam aos 4 no BTT e aos 4 na estrada! Num evento de grande nível, que só pecou pela capacidade de trazer adeptos a Anadia, sobretudo devido à sua divulgação, foram os ciclistas a darem espetáculo em todos os dias de corrida, contemplando-nos sempre com provas de grande nível! A disciplina olímpica de Madison ficou para o final e guardou o melhor para o fim, com quatro estrondosas corridas, sempre feitas a um altíssimo nível, sem que o público presente ficasse atrás!

Madison Sub23

A corrida masculina dos Sub23 encerrou estes Europeus, e começou também a grande ritmo, com os italianos muito ativos a vencerem o primeiro sprint. O pelotão alongou, mas voltou pouco depois a compactar. Os Países Baixos aceleraram para o segundo sprint, e o pelotão alongou, com os neerlandeses a conquistarem os 5pts. Portugal manteve uma posição mais conservadora na fase inicial, com o intuito de aproveitar a segunda metade da prova, onde o pelotão estaria mais cansado, para fazer as maiores diferenças com voltas de avanço. O terceiro sprint foi ganho pelos britânicos, que se isolavam assim na dianteira. Os Paíeses Baixos não quiseram ficar atrás e conquistaram o quarto sprint, mas receberam a companhia de França e Grã-Bretanha, com as três formações a ganharem espaço sobre o pelotão. A Bélgica e a Itália tentaram responder rapidamente, mas Portugal ficou um pouco mais atrás. O pelotão voltou a unir-se pouco depois, a 114 voltas do fim, e a tensão voltou a subir rapidamente para um novo sprint.

Os neerlandeses aceleraram para o quinto sprint e assumiram então a liderança da corrida, com os espanhóis a tentarem atacar logo de seguida, mas sem grande sucesso, já que a reação das principais nações foi imediata. O sexto sprint foi também ele feito a um ritmo muito rápido, com os britânicos a levarem a melhor e a voltarem a assumir a liderança. Portugal seguia com uma postura muito conservadora e ainda não tinha pontuado, procurando poupar forças para uma tentativa futura de fazer a dobragem ao pelotão. O sétimo sprint permitiu aos neerlandeses regressarem ao comando, numa luta que estava muito emotiva com os britânicos, e o pelotão voltava a partir com o elevado ritmo. No oitavo sprint foram os franceses a levar a melhor e a esboçar um forte ataque ao qual apenas os neerlandeses responderam!

Pódio Madison Sub23 com William Tidball e Sam Watson – Philip Heijnen e Yanne Dorenbos – Malte Maschke e Tim-Torn Teutenberg (da esquerda para a direita)

A corrida seguiu a ritmo elevadíssimo, com o pelotão partido a perseguir e a fazer um grande esforço para não ser dobrado pelas duas fortes nações. Portugal seguia na perseguição, e procurava também não perder espaço, com a iniciativa a ter fim a 75 voltas do término. Em novo duelo de Países Baixos vs Grã-Bretanha, os neerlandeses voltaram a levar a melhor e aumentaram a vantagem, com Portugal a atacar logo de seguida, mas a ser marcado pelas principais formações. O 10º sprint foi ganho pelos britânicos, com o pelotão a esticar bastante, mas a juntar-se logo de seguida. Os franceses foram vítimas de uma queda e ficaram em posição mais prejudicial, mas o acalmar da corrida permitia-lhes respirar. Os checos atacaram com 55 voltas pela frente, e o ritmo rapidamente aumentou, com Portugal a surgir na frente do pelotão e a seguir as nações que procuravam fechar o espaço. Os Países Baixos venceram assim o sprint, e ficaram isolados na liderança, enquanto Portugal ainda não havia pontuado. Os franceses acabaram por abandonar a prova, devido à queda, e os checos voltaram a atacar com os belgas, enquanto Portugal tentou responder no pelotão, sem querer assumir as despesas da corrida.

Os checos venceriam o sprint 12, com um grupo de 6 países a formar-se na dianteira. Foi Rodrigo Caixas quem atacou a 36 voltas do fim, e sem resposta imediata o ciclista português acreditou que iria conseguir dar a volta. Os Países Baixos surgiram na perseguição, apesar de Portugal naõ representar um perigo imediato na tabela. O pelotão partiu-se e as nações britânica, belga, neerlandesa e alemã alcançaram os portugueses para mais uma volta de sprint. Os alemães venceriam os 5pts, e Portugal não teve hipótese, tendo sido passado de forma direta. As cinco nações assumiram então a frente da corrida, com as restantes nações a chegarem de seguida e a formarem de novo o pelotão. A Austria tentou atacar pouco depois para desdobrar a volta de avanço que tinha e venceu o antepenúltimo sprint quando as principais nações voltavam a acelerar no pelotão.

A corrida voltou a alongar imenso, mas Portugal estava atento e pronto para seguir os ataques. Espanha e Suíça atacaram para desdobrar voltas de avanço e Portugal seguiu de imediato, tentando assim mais uma movimentação, mas o pelotão fechou pouco depois atrás de si. Os Países Baixos venceram o penúltimo sprint e ganharam algum avanço sobre toda a concorrência, procurando a volta quando já nem precisavam do sprint final para vencer. O pelotão tentou reagir pela Alemanha, com os Portugueses a saírem logo atrás, e a corrida acabou inevitavelmente por partir. Os alemães venceram o último sprint para conquistarem o bronze, e Portugal voltou a ficar a 0’s, terminando na 8ª posição sem qualquer ponto. A vitória foi para os neerlandeses, com 50pts, com os britânicos em segundo com 37pts e os alemães em terceiro com 26pts.

Pòdio Madison Sub23 com Eluned King e Sophie Lewis – Silvia Zanardi e Matilde Vitillo – Katrijn de Clercq e Shari Bossuyt (da esquerda para a direita)

A corrida feminina foi também ela intensamente disputada e poderia marcar a estreia portuguesa na especialidade, mas tal não aconteceu devido ao infortúnio de Beatriz Roxo, que não se encontrava apta para competir após a queda na Corrida por Pontos do último domingo. Foram as neerlandesas a entrar melhor e a vencer o primeiro sprint, e a elas sucederam-se as belgas, mas as britânicas recuperaram de seguida de dois segundos lugares e venceram os sprints 3 e 4, para se colocarem na liderança com 16pts.

A segunda metade da corrida assistiu ao avassalador domínio italiano, que após ter apenas 9pts após os primeiros 4 sprints, se traduziu na conquista de quase mais 30(!) nos restantes seis sprints, vencendo dois de forma alternada, com as Bélgicas e as Britânicas pelo meio, para depois conquistar o penúltimo sprint e se colocarem na liderança, confirmando a supremacia no sprint final, que venceram também, fechando com 36pts e 5pts de vantagem sobre as britânicas, que foram segundas no sprint final e também na geral final, com 31pts! O bronze ficou para as belgas, que foram também muito regulares, e só no sprint 7 não pontuaram, conquistando assim 28pts.

Madison Júnior

Pódio Madison Júnior com Elmar Abma e Justus Willemsen – Milan Kadlek e Matias Koblizek – Dylan Hicks e Joshua Tarling (da esquerda para a direita)

A corrida masculina começou com um ritmo muito elevado, com os checos a acelerarem e Portugal a ficar cortado devido a um menos bom posicionamento. Os Países Baixos venceram o primeiro sprint, e a equipa nacional acabou por ser dobrada aind bastante cedo. Foram os britânicos a vencerem o segundo sprint por Joshua Tarling, perante um ritmo de corrida altíssimo. Os checos venceriam o terceiro sprint, com a corrida completamente partida. Na frente seguiam sete fortes nações e atrás cinco mais inexperientes. A dobragem aconteceu a 82 voltas do fim, e a Ucrânia seguiu direta com novo ataque, com a Itália em perseguição. Os ucranianos conseguiam mesmo vencer o sprint, mas eram os checos a colocarem-se na primeira posição virtual. Os checos venceram o quinto sprint, numa fase em que a corrida estava completamente partida! As seleções já com mais voltas de atraso foram forçadas a abandonar a pista, e seriam os britânicos a vencer de seguida o sexto sprint.

João Martins e João Marques não conseguiram concluir o Madison Júnior.

O ritmo abrandou finalmente no início da segunda metade da corrida, já sem os portugueses em pista, mas os checos não quiseram ficar parados e venceram o sprint número 7. Apenas oito nações ficaram em pista, numa corrida que continuou com um ritmo alto. Os checos venceram o oitavo sprint, e colocaram-se com uma boa vantagem. Os Países Baixos somaram os pontos do nono sprint, e os do décimo também, mostrando finalmente a força que tardou em aparecer na fase inicial da corrida. Os ucranianos conseguiram ganhar vantagem e não mais ser alcançados, vencendo os dois últimos sprints, mas não conseguiram fechar no pódio, com os checos a conquistarem um grande triunfo, com 34pts, enquanto os belgas fecharam com 26pts na prata e os britânicos com 23pts no bronze.

Pódio Madison Júnior com Justyna Czapla e Jette Simon – Babette van der Wolf e Nienke Veenhoven – Febe Jooris e Helene Hesters (da esquerda para a direita)

A corrida feminina foi a única final a realizar-se da parte da manhã, com a corrida a começar com um ritmo alto para as 80 voltas à pista. Os Países Baixos venceram o primeiro sprint, com as britânicas bastante descoordenadas para fazer a rendição, o que gerou uma queda de uma das atletas. Também uma das checas foi ao chão, e a equipa acabou por não conseguir prosseguir. O segundo sprint foi também para as neerlandesas, que se colocavam numa posição dianteira na classificação. Itália tentou atacar quando tinha apenas 1pt, mas não foi capaz de descartar as principais formações. As equipas mais inexperientes ficavam para trás e iam perdendo algumas voltas. A Alemanha venceria o terceiro sprint, com os Países Baixos a pouparem forças para o quarto sprint, que venceriam com grande superioridade.

A segunda metade da prova começou com nova queda, desta feita entre Alemanha e Países Baixos, mas ambas as ciclistas conseguiram prosseguir. As britânicas, as alemãs, as neerlandesas e as belgas conseguiram ganhar alguma vantagem, mas as polacas fechariam o espaço e o quinto sprint acabaria por ser ganho pela Bélgica. Foram a Bélgica, a Alemanha e a França a ganhar alguma vantagem de seguida, com a Grã-Bretanha e os Países Baixos a fecharem o espaço. A junção completa aconteceria antes do antepenúltimo sprint, que foi ganho pelas britânicas. Os ataques sucederam-se na fase final, com várias nações a procurarem dar a volta para vencer, mas foi a Alemanha que apareceu com mais força, isolando-se com a formação italiana e vencendo os dois últimos sprints perante a formação transalpina! Os Países Baixos precisavam de 4 pontos para segurar o triunfo, e foi o que fizeram, batendo a restante concorrência pela terceira posição para segurar o Ouro, com apenas 1pt perante as germânicas! O pódio ficou completo com as belgas, já a 11pts do triunfo.

Keirin Sub23

Pódio Keirin Sub23 com Daniele Napolitano – Matteo Bianchi – Anton Hohne (da esquerda para a direita)

A velocidade fechou com o Keirin para os Sub23, com duas corridas muito bem disputadas! Do lado masculino, os italianos levaram a melhor e fizeram a dobradinha, com Matteo Bianchi a conquistar o Ouro e Daniele Napolitano a prata! O bronze ficou para o alemão Anton Hohne, enquanto a maior surpresa foi para o 12º posto do Campeão Europeu de sprint, o neerlandês Tijmen van Loon.

Pódio Keirin Sub23 com Taky Kouame – Alessa Propster – Paulina Petri (da esquerda para a direita)

Do lado feminino, a Alemanha fechou com chave de Ouro, com o título europeu a ser conquistado por Alessa-Catriona Propster, que bateu na grande final a francesa Taky Marie Divine Kouame e a polaca Paulina Petri, elas que conquistaram prata e bronze, respetivamente.

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