Diário Olímpico da Pista II – Recordes, medalhas, quedas e polémicas!
O segundo dia na pista destes Jogos Olímpicos contou com as fases finais da Perseguição Coletiva Feminina, assim como do Sprint Coletivo Masculino, e ainda com as primeiras rondas da Perseguição Coletiva Masculina e do Sprint Coletivo Masculino e a qualificação deste última.
Perseguição Coletiva Feminina
Com o recorde batido pela Alemanha ontem, estava tudo convencido que as Séries 3 e 4 iriam ter as candidatas à discussão pelas medalhas, mas uma super seleção do Canadá, voou na sua Série, apurando-se para a disputa da medalha de bronze. A Itália acabou por ser a surpresa negativa, ao ficar fora da luta pelas medalhas. A final foi entre as seleções da Alemanha e da Grã Bretanha, elas que bateram sucessivamente o Recorde Mundial da especialidade nas suas respetivas Séries.
Na disputa pelo terceiro lugar, as Americanas lutaram contra a equipa surpresa do Canadá, e não deram qualquer hipótese, ganhando o Bronze com o tempo de 4:08:040, contra o 4:10:552 canadiano.
Já na grande Final, a Alemanha não vacilou, foi competente e mais forte, deixando bem longe uma Grã-Bretanha que fez o seu pior tempo da competição Olímpica, com 4:10:607 (pior ainda que o 4º lugar). O poderio alemão bateu novamente o recorde Mundial, colocando-o agora em 4:04:242.
Perseguição Coletiva Masculina
Nas Séries da Perseguição Coletiva masculina houve a segunda grande polémica destes JO na Pista. Depois de a seleção Dinamarquesa ter sido acusada durante o dia de ontem de “doping” devido a fitas de kinesio nas pernas, tornando os atletas ainda mais aerodinâmicos, na Série 4, frente à Grã-Bretanha, o comboio Dinamarquês foi embater no segundo corredor britânico que tinha perdido já o seu comboio, terminando ali a corrida, provocando o caos e a confusão.
A Dinamarca parecia disposta a ganhar a sua prova e ir à final depois de a Grã-Bretanha se ter desmoronado, e o seu terceiro corredor Harry Tanfield ter perdido o contacto. No entanto, quando a Dinamarca o apanhou, Martin Toft Madsen não conseguiu ver Tanfield e provocou uma queda ao embater contra a parte de trás da bicicleta do britânico. Ambas as equipas não conseguiram registar um tempo final para a distância total de quatro quilómetros, deixando os comissários de corrida a pensar quem se qualificou para a final. Acabaram por decidir que a Dinamarca tinha apanhado oficialmente a Grã-Bretanha, pelo que a final da próxima quarta vai ter a Itália e a Dinamarca a disputar o ouro.
A Grã-Bretanha recebeu mais tarde um tempo de 4:28.489, após Tanfield se ter levantado para correr até ao fim, mas esse tempo foi demasiado lento para garantir um lugar na disputa pelo terceiro lugar. A Nova Zelândia e a Austrália qualificaram-se assim para a prova da medalha de Bronze. No entanto, espera-se que os apelos e protestos dos Britânicos sejam ouvidos antes da corrida de quarta-feira. A Itália estabeleceu um novo recorde Mundial na sua prova, numa batalha renhida com a Nova Zelândia, que também surpreendeu e de que maneira! Filippo Ganna completou as três voltas finais na frente do bloco Italiano, colocando-os de novo na frente para vencerem com um tempo de 3:42:307. A Nova Zelândia tinha assumido a liderança na segunda metade da prova, mas agora vai correr pela medalha de Bronze, depois de ter terminado a apenas 90 centésimos de segundo! A Austrália acabou também por recuperar do acidente da sua prova de qualificação para cumprir a sua Série com um tempo de 3:44:902 e avançar assim para a disputa da medalha de Bronze.
Sprint Coletivo Masculino
Por último, a Holanda fez jus ao seu estatuto de grande favorita e levou para a casa o Ouro no Sprint Coletivo Masculino, triunfando frente à Grã-Bretanha, e com direito a um novo recorde olímpico de 41,369 segundos.
A Grã-Bretanha estava inicialmente na disputa, mas depois Jason Kenny acabou por perder o contacto, acabando com as esperanças do conjunto Britânico. O trio francês de Florian Grengbo, Rayan Helal e Sebastien Vigier levou o bronze, com Matthew Glaetzer da Austrália a começar demasiado rápido, tornando a tarefa difícil para os seus companheiros de Seleção manterem o ritmo até ao fim. A Alemanha ficou em quinto lugar com, o conjunto do Comité Russo a ser desclassificado, após duas falsas partidas. A Nova Zelândia garantiu a sétima posição, após bater a Seleção Polaca.