Grito de revolta! Ilan Van Wilder triunfa na Tre Valli Varesine e deixa recado!
O belga Ilan Van Wilder, da Soudal Quick-Step, venceu a 102ª edição da clássica italiana Tre Valli Varesine, graças a um ataque já perto do final! No 2º posto, a 16 segundos, terminou o equatoriano Richard Carapaz, da EF Education – EasyPost, enquanto o russo Aleksandr Vlasov, da BORA – hansgrohe, fechou o pódio da corrida, logo atrás, batendo os eslovenos Primoz Roglic e Tadej Pogacar no sprint para 3º.
A edição de 2023 da clássica italiana trazia uma jornada de 195.1 km, com partida em Busto Arsizio e chegada a Varese, num dia com 12 voltas a um circuito bem acidentado.
A corrida foi bastante atacada, especialmente no final, quando Pogacar tentou selecionar o grupo de favoritos na subida para Morosolo, a antepenúltima do dia. Numa fase inicial, apenas Roglič, Carapaz e Enric Mas, da Movistar, conseguiram seguir o esloveno, a 12km para o final, com outros ciclistas a fazerem a ponte pouco depois.
Van Wilder seguia colocado de forma inteligente, acabando por lançar o seu ataque na zona de falso plano antes da subida para Casciago. À entrada dos 10 km finais, o belga isolou-se, conseguindo abrir uma margem de 15 segundos sobre a concorrência!
Na subida para Casciago, Van WIlder conseguiu manter o avanço, e começava a perspetivar-se uma surpresa na prova italiana, com Pogačar, Roglič, e Carapaz integrados no grupo perseguidor, mas onde não havia qualquer coesão.
Na subida final, para a Via Sacco, Van Wilder manteve a liderança, chegando isolado ao topo, colocado a 500 m da linha de meta. No final, o belga garantiu um triunfo de raiva, numa altura em que tanto se fala da fusão entre Jumbo-Visma e Soudal Quick-Step!
Os ataques entre Pogačar e Roglič não surgiram, acabando por ser Carapaz a atacar no final, o que lhe valeria apenas o 2º posto, a 16 segundos de Van Wilder. Logo atrás, Vlasov fechou na frente dos dois eslovenos e dos restantes perseguidores.
Rui Costa, da Intermarché-Circus-Wanty, o único português em prova, terminou no 16º posto, integrado naquilo que era o pelotão, a 45 segundos do vencedor.
No final, Van Wilder mostrou a sua frustração para com a situação atual da equipa e aquilo que significa este triunfo: “Têm sido semanas difíceis para nós. Esta vitória é para o nosso staff e para os meus companheiros, para mostrar que não concordamos com esta m**** e que queremos continuar a ser Soudal Quick-Step!
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Foto de capa: Getty Images