Mischa Bredewold surpreende e conquista o Título Europeu em casa perante Wiebes e Kopecky!

A neerlandesa Mischa Bredewold sagrou-se a nova Campeã Europeia de Estrada, alcançando, em casa, a maior vitória da carreira! Num percurso com 130.5km entre Meppel e o Col du VAM, foi um ataque a 10km do fim que decidiu o título, com Bredewold a chegar sozinha à meta! O pódio foi discutido logo atrás de si, com Lorena Wiebes a dar a dobradinha aos Países Baixos, batendo a belga e Campeã Mundial, Lotte Kopecky, ao sprint, 4s depois!

A prova de fundo das Elites femininas começou com momentos de alguma tensão. O carro dos comissários acabou por ter de travar ao escolher o lado errado de uma rotunda, e foi ultrapassado pelo pelotão. Sem conseguir recuperar posição para dar a partida real, a corrida acabou por ser neutralizada para o carro regressar à frente, e só depois se deu então a partida real, cerca de 10km depois do esperado.

A corrida foi sendo bastante atacada desde os primeiros kms, e o pelotão marcava todas as investidas, não deixando nenhuma ciclista escapar. Só a 83km do fim é que a primeira ciclista conseguiu escapar, e foi a sueca Emilia Fahlin a ganhar terreno sobre o pelotão. A diferença ainda chegou aos 30s, mas não conseguiu manter-se durante muito tempo e o pelotão voltou a rodar compacto 11km depois.

A entrada no circuito final deu-se logo de seguida perante um ritmo rapídissimo, com Lotte Kopecky a passar na frente para marcar posição. A Campeã Mundial esticou o pelotão e fracionou-o em pequenos pedaços, que apesar de não estarem muito distantes, mostrou desde cedo que a subida permitiria fazer uma seleção natural de valores. A suíça Marlen Reusser foi a primeira a atacar, a 61km do fim, mas o grupo rapidamente a alcançou, numa volta que teve como momento de miaor destaque uma queda feia da austríaca Carina Schrempf, que acabou por abandonar.

Na segunda passagem pelo Col du VAM, Elise Chabbey atacou e conseguiu escapar, formando uma nova fuga na companhia de Jelena Eric e Soraya Paladin. O pelotão acabou por abrandar, e a diferença rapidamente chegou aos 45s. A 50km do fim, Demi Vollering esboçou um ataque durante a fase plana, que apenas teve o condão de esticar o pelotão. Foram os Países Baixos a surgir na frente, mas a diferença manteve-se com a passagem na meta, sem que ninuém quisesse forçar muito a perseguição.

Na terceira volta, os Países Baixos acabaram por assumir a perseguição de forma mais evidente, com Floortje Mackaij, Loes Adegeest e Yara Kastelijn a revezarem-se para tentar combater a distância para as ciclistas escapadas. A diferença cifrou-se nos 32s durante bastante tempo e parecia não querer baixar, mas assim acabou por acontecer nos últimos kms dessa mesma volta, com o trio a ser efetivamente alcançado na entrada para a quarta subida ao Col du VAM.

A britânica Elinor Barker foi quem entrou em primeiro na subida, e colocou um ritmo alto que foi cortando o pelotão. Após a zona de empedrado, foi Katarzyna Niewiadoma a atacar, mas não conseguiu deixar nenhuma adversária para trás, com as principais candidatas a seguirem-lhe a roda. O ritmo abrandou com a chegada à fase plana após a meta, e Riejanne Markus voltou a tentar atacar, mas não teve sucesso. As investidas neerlandesas continuaram com um novo ataque de Shirin van Anrooij, mas a tentativa teve um resultado semelhante ao da sua compatriota.

Logo de seguida, a britânica Anna Henderson lançou um grande ataque, que conseguiu efetivamente gerar um corte no pelotão. Perante o perigo de um grupo com tanto valor, Marlen Reusser acabou por assumir a iniciativa de perseguir, mas o pelotão teve dificuldades em segui-la. Os 5km que a iniciativa tentou vingar foram feitos a um ritmo altíssimo, mas foi a Bélgica a conesguir fechar o espaço e a colocar novamente o pelotão na dianteira.

No contra-ataque, Mischa Bredewold tentou sair, mas não teve sucesso, e foi a formação de Espanha a surgir de seguida com um ataque de Alicia Gonzalez a formar-se com grande perigo, levando na roda Marlen Reusser e Demi Vollering. Perante o perigo, o pelotão voltou novamente a juntar-se e alcançou o grupo. Não conformada, Anna Henderson voltou a tentar mexer, mas não teve colaboração das adversárias, e o movimento não teve, novamente, sucesso. Demi Vollering surgiu na iniciativa logo a seguir, mas rapidamente foi marcada e não conseguiu sequer ganhar metros. O pelotão alongou e novos ataques sucederam-se, mas ninguém tinha uma verdadeira chance de escapar.

Foi Marlen Reusser a conseguir mexer efetivamente na corrida, e a cortar o pelotão logo na entrada para a penúltima subida ao Col du VAM. Na resposta, Elisa Bálsamo e Pfeiffer Georgi encostaram na roda da suíça, e as três conquistaram cerca de 6s sobre um reduzido grupo onde Demi Vollering trabalhava para fechar o espaço, o que acabou por acontecer cerca de 500m após a meta. Na curta descida, Elisa Bálsamo acabou por ser a maior azarada com uma queda, e acabou por ficar fora da discussão, quando parecia um das ciclistas em melhores condições.

O grupo acabou por abrandar após uma volta muito intensa, e a 10km do fim surgiu um novo ataque de Mischa Bredewold. Desta feita, ninguém respondeu e a ciclista neerlandesa ganhou rapidamente um grande espaço. Também Christina Schweinberger acabou por ser uma das vítimas de queda, mas conseguiu reentrar num grupo maior logo atrás do das grandes favoritas. A 7km do fim, a diferença situava-se nos 20s, após uma nova investida de Marlen Reusser, mas o grupo não colaborava e os Países Baixos procuravam marcar todas as ciclistas que mexiam. Emma Norsgaard surgiu logo de seguida com um novo ataque, e teve de ser a própria Reusser a fechar o espaço.

A 4km do fim, Marlen Reusser voltou a atacar após ter conseguido respirar durante um par de kms, e apenas Demi Vollering e Emma Norsgaard a conseguiram seguir. Norsgaard acabou mesmo por passar direta, e Reusser abrandou para que Vollering passasse, o que não sucedeu, e a diferença voltou a aumentar. Bredewold entrou sozinha na subida final, e em condições de chegar à vitória. A perseguição atrás de si ainda não tinha a maior das forças, mas rapidamente o grupo alcançou Norsgaard, a cerca de 1km do fim. Perante a vitória iminente de Bredewold e um ritmo alto agora colocado por Vollering, a Campeã Mundial Lotte Kopecky lançou um grande ataque, mas apenas Lorena Wiebes a conseguiu seguir. A belga deixou tudo na tentativa de chegar ao Ouro, mas não conseguiu, e acabou batida por Wiebes nos metros finais, com as duas a assistirem na primeira fila à maior vitória da carreira de Mischa Bredewold, aos 23 anos! Wiebes foi segunda, a 4s, e assegurou a dobradinha da nação da casa, enquanto Kopecky assegurou o bronze.

Maria Martins foi a única representante de Portugal, e foi 71ª a 9:40, num traçado com um final explosivo que nada favorecia as suas características.

O pódio final com Lorena Wiebes, Mischa Bredewold e Lotte Kopecky

Classificações

Results powered by FirstCycling.com

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Releated

Please turn AdBlock off  | Por favor desative o AdBlock