Monstruoso Arnaud De Lie vence GP do Québec e garante primeiro triunfo no World Tour!
O belga Arnaud De Lie, da Lotto Dstny, venceu a 12ª edição do Grand Prix Cycliste de Québec, ao ser o mais forte no sprint que decidiu a corrida! No 2º posto, terminou o neozelandês Corbin Strong, da Israel-Premier Tech, enquanto o 3º lugar ficou para o australiano Michael Matthews, da Jayco AIUla.
A edição de 2023 da clássica canadiana trazia um dia com 201.6 km, com o pelotão a enfrentar um circuito de 15 voltas e outras tantas passagens pela subida ao Côte des Glacis (400m a 5.8%).
A corrida começou com muitos ataques e, ao fim de cerca de 10 km, formou-se a fuga do dia, com a movimentação de quatro unidades: Mathias Vacek (Lidl – Trek), Mauri Vansevenant (Soudal – Quick Step), Gianmarco Garofoli (Astana Qazaqstan Team), e David Lozano (Team Novo Nordisk). No pelotão, era a Intermarché-Circus-Wanty a assumir as primeiras despesas da perseguição.
O grupo principal controlou o avanço dos fugitivos durante toda a jornada, acabando por alcançá-los já dentro dos 50 km finais. No comando do pelotão, surgia agora a Bahrain-Victorious, com o grupo a perder unidades de forma sucessiva.
A 30 km do final, era a vez de vir para a dianteira a formação da UAE Team Emirates, através do português Ivo Oliveira. Nos km seguintes, surgiram alguns ataques, nomeadamente de Fausto Masnada, da Soudal Quick-Step, mas sem consequência. O grupo principal ia controlando todos os ataques.
Na penúltima passagem no Côte des Glacis, os ânimos aqueceram, com o ataque do campeão irlandês Ben Healy (EF Education-EasyPost). A movimentação reduziu o grupo a cerca de 20 unidades, com alguns ciclistas a recolarem na descida.
A 3 km do final, atacou o campeão de 2022, Benoît Cosnefroy, da AG2R, tentando repetir a façanha do ano passado! No entanto, este não seria dia para o gaulês, com os ataques a sucederem-se, nomeadamente de Neilson Powless e Marc Hirschi, e com a grupo a reagrupar.
O pelotão, ou aquilo que sobrava dele, entrou compacto no km final, com a Cofidis a liderar o grupo. De seguida, a Jumbo-Visma tomou as rédeas, tentando lançar o sprint de Christophe Laporte. No entanto, por trás da formação neerlandesa, surgiram dois foguetes, Corbin Strong (Israel) e Alex Aranburu (Movistar), com um sprint poderoso em direção à meta! A discussão da corrida parecia estar entregue a estes dois corredores, no entanto, lá atrás vinha ainda Arnaud De Lie, que, com um arranque impressionante, galgou metros, ultrapassando toda a concorrência, e festejando de forma efusiva aquela que é a sua primeira vitória no World Tour!
Grande dia para o jovem belga, que tem sido o abono da Lotto Dstny, mas a quem faltava um triunfo nos grandes palcos do ciclismo mundial!
No 2º posto, fechou Strong, com Michael Matthews, duplo vencedor da prova, a conseguir ainda passar Aranburu e garantir um lugar no pódio final.
Ivo Oliveira, único português em prova, terminou no 134º posto, a 11’03” do vencedor, num grande dia de trabalho em prol dos seus companheiros.
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Foto de capa: Global Cycling Network