O trepador português Frederico Figueiredo (Glassdrive – Q8 – Anicolor) venceu a última etapa do Grande Prémio de Torres Vedras – Troféu Joaquim Agostinho, uma ligação de 185.8km entre a Lourinhã e o Alto de Montejunto, após atacar a pouco menos de 6km do fim e chegar sozinho à meta! O uruguaio Maurício Moreira (Glassdrive – Q8 – Anicolor), líder da geral, foi segundo a 6s, e Artem Nych (Glassdrive – Q8 – Anicolor) terceiro, a 8s, colocando assim a formação de Águeda nos três lugares de pódio.

Numa fase inicial com vários ataques, o primeiro sprint intermédio surgiu log ao km 10, com a fuga ainda não formada, sendo Pedro Pinto (Efapel Cycling) o primeiro em Miragaia. A fuga do dia acabaria por se formar 4km depois com Victor Garcia, Joan Marti Bennassar e Xavier Sanchez (Electro Hiper Europa), José Gutierrez (BAI Sicasal Petro de Luanda), Angel Rebollido (Tavfer – Ovos Matinados – Mortágua), Santiago Mesa (ABTF Betão – Feirense), Hugo Nunes (Rádio Popular – Paredes – Boavista) e César Martingil (Aviludo – Louletano – Loulé Concelho).

O pelotão deixou o grupo ganhar uma vantagem superior a 3min, com Bennassar a vencer o sprint intermédio ao km 22.1 em Reguengo Grande. A Glassdrive – Q8 – Anicolor controlava a corrida, mas recebeu depois o apoio da AP Hotels & Resorts – Tavira – SC Farense, que fez a diferença cair para 2:00, com apenas 70km percorridos. Por essa altura, já Bennassar tinha sido primeiro no sprint intermédio de São Martinho do Porto, e 8km depois voltava a ser primeiro em Cela Nova.

A 55km do fim, o grupo na dianteira disputou o ponto quente bonificado no Cadaval, onde Hugo Nunes foi primeiro, rodando com uma vantagem de 1:50 sobre o pelotão. 10km depois, na segunda categoria de Pragança, Bennassar foi o primeiro a cruzar a meta de montanha, com o grupo a perder Santiago Mesa, que seria absorvido naturalmente pelo pelotão, que recuperava espaço e estava a apenas 55s. A caminho da segunda categoria da Serra de Ota, Hugo Nunes atacou, e fez quebrar Cesar Martingil e Bennassar, pouco após a contagem, que eram rapidamente alcançados pelo pelotão, enquanto o ciclista da equipa de Paredes era primeiro na meta de montanha.

A Glassdrive – Q8 – Anicolor assumiu então uma perseguição a solo aos ciclistas escapados, e alcançou-os mesmo à entrada para a subida a Montejunto, que estava encadeada com uma primeira ascensão ao Avenal. Logo no início da subida, uma queda sucedeu no pelotão, com Maurício Moreira envolvido, e a Caja Rural – Seguros RGA aproveitou para acelerar e partir a corrida. Na frente ficaram apenas Frederico Figueiredo, Artem Nych, Henrique Casimiro (Efapel Cycling), Michael Schlegel e Joel Beltran (Caja Rural – Seguros RGA), com 6km pela frente.

Praticamente de imediato, Frederico Figueiredo colocou um ritmo forte e deixou todos os adversários para trás, com Casimiro e Beltran a tentarem seguir e a quebrarem perante o ritmo do português, que passava em primeiro no Alto do Avenal. Perante a falta de forças, juntou-se na perseguição um grupo de cerca de 20 unidades. Quem acabou por sair no encalço do líder da etapa foram os seus colegas de equipa, Maurício Moreira e Artem Nych, que se aproximaram muito do português já na fase final da subida ao Montejunto, mas tal não foi suficiente para o alcançarem, com Frederico a repetir a vitória nesta mítica subida! Maurício e Artem chegaram logo atrás, com Afonso Eulálio (ABTF Betão – Feirense) a ser quarto, a apenas 12s, dando grandes indicações para a Volta a Portugal.

Com o segundo posto, Maurício Moreira assegura a vitória no GP Torres Vedras, com Artem Nych a ser segundo a 29s e Frederico Figueiredo terceiro, a 37s. Frederico vence as classificações por pontos e da montanha, Afonso Eulálio é o melhor jovem, e Daniel Dias (Credibom – LA Alumínios – Marcos Car) vence nos sprints intermédios. A Glassdrive – Q8 – Anicolor venceu coletivamente.

Classificações

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Fotos: João Fonseca