O dinamarquês Soren Kragh Andersen (Alpecin – Deceuninck) venceu a 60ª edição da Eschborn – Frankfurt, clássica com 203.8km e partida e chegada nas duas cidades que dão nome à corrida, batendo toda a concorrência com um portentoso sprint, saindo da frente do grupo que não teve qualquer hipótese! O austríaco Patrick Konrad (BORA – hansgrohe) foi segundo, e o italiano Alessandro Fedeli (Q36.5 Pro Cycling Team) terceiro.

Em pleno Dia do Trabalhador, saiu cedo para a estrada a edição 60 da Eschborn – Frankfurt, numa edição da clássica mais dura que nos anos anteriores. A fuga do dia formou-se ao km 5, com Max Walscheid (Cofidis), Cesarie Desal (Bingoal WB), Jens Reynders (Israel – Premier Tech), Matteo Moschetti (Q36.5 Pro Cycling Team), Felipe Orts (Burgos – BH) e o taiwanês Sergio Tu (Bahrain Victorious), que se estreava numa corrida World Tour. A vantagem do grupo ainda chegou aos 8min, mas com a Alpecin – Deceuninck e a BORA – hansgrohe ao trabalho, tudo se manteve controlado para uma discussão entre os principais candidatos.

Tudo se começou a decidir na ascensão encadeada ao Mammolshain e a Feldberg, e os ataques começaram a surtir efeito. A fuga perdia Sergio Tu e Matteo Moschetti, mas ganhava Georg Steinhauser (EF Education – EasyPost), Mathieu Burgaudeau (TotalEnergies), Lorenzo Milesi (Team DSM) e Samuele Zoccarato (Green Project – Bardiani CSF – Faizane), no início da subida ao Feldberg. Ben Hermans (Israel – Premier Tech) acabou por partir a corrida, e um grupo maior ficou na frente, no qual o único dos velocistas candidatos era Michael Matthews (Team Jayco – AlUla).

A perseguição era comandada pela Lotto Dstny e pela Uno-X Team, com os líderes Arnaud de Lie e Alexander Kristoff no grupo visivelmente bem colocados. Ao seu lado seguiam outros como John Degenkolb (Team DSM), Simone Consonni (Cofidis) e Corbin Strong (Israel – Premier Tech). A junção entre os grupos acabou por acontecer a 52km do fim, mas no pelotão não estavam agora os sprinters mais pesados, assim como o principal candidato para o dia, Jasper Philipsen (Alpecin – Deceuninck).

No momento da junção, Martin Marcellusi (Green Project – Bardiani CSF – Faizane) atacou e formou uma nova fuga em solitário, que chegou a ter 1:30 de vantagem sobre o pelotão. O italiano não era um perigo, e tudo se começou a decidir a 38km do fim, na última subida ao Mammolshain. Marc Hirschi (UAE Team Emirates) surgiu ao ataque, e com ele seguiram oito homens: Hermans e Steinhauser, que já haviam mexido antes, Kragh Andersen, Konrad, Fedeli, Lorenzo Rota e Georg Zimmermann (Intermarche – Circus – Wanty) e Stephen Williams (Israel – Premier Tech).

Os nove ciclistas acabaram por alcançar Marcellusi já no topo da subida, e seguiram assim os dez na liderança, com um primeiro grupo perseguidor a 35s e um pequeno pelotão já a 1:10, a 30km do fim. A colaboração no grupo perseguidor não era a ideal, e a distância foi começando a ser cada vez maior, até o pelotão alcançar o grupo a 16km da meta. Com a vantagem do primeiro grupo no 1:15, a colaboração na frente foi começando a ser cada vez menor, e em pouco menos de 10km o grupo perdeu 50s!

A penúltima passagem pela linha de meta, a 6.5km do fim, viu o grupo ter já apenas 25s de vantagem, e estar à mercê do pelotão, mas o circuito citadino beneficiou claramente os ciclistas mais adiantados. A união prevaleceu até aos kms finais, com o pelotão comandando pela Cofidis e a Lotto Dsnty a não conseguir fechar o espaço. Na frente, a Intermarche tentou jogar as suas cartas com ataques de Zimmermann e Rota, que foram fechados por Hirschi e Konrad. Kragh Andersen assumiu a liderança do grupo e colocou um ritmo avassalador para os últimos metros. Os ciclistas na traseira do grupo sofriam para o seguir, e quando o dinamarquês arrancou para o sprint, ninguém teve capacidade de lhe agarrar a roda no imediato. Konrad foi o único a manter-se no draft, mas acabou por ser segundo, com Fedeli a levar a melhor entre os restantes para ser terceiro.

O Pódio do Dia

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