Gonzalo Serrano, da Movistar, venceu a etapa 4 do Tour of Britain, ao ser o mais forte no sprint a 4 que decidiu a tirada! O espanhol havia fugido a 8 km do final, juntamente com a dupla da INEOS Grenadiers, Thomas Pidcock e Omar Fraile, e também Dylan Teuns, da Israel-Premier Tech, acabando por não dar hipótese na luta final. Com este triunfo, Serrano assume a liderança da classificação geral.

O quarto dia de Volta à Grã-Bretanha trazia uma jornada de 149,5 km, entre Redcar e Duncombe Park, Helmsley, com um percurso algo acidentado, em virtude da presença de duas subidas de 1ª categoria, curtas, mas duras. Haveria ainda um sprint bonificado, em subida, a 8 km da meta, que poderia desempenhar um papel importante na luta pela vitória.

A fuga do dia demorou a ser constituída, acabando por surgir após mais de 35 km de corrida graças ao ataque de duas unidades: Magnus Sheffield, da INEOS, e Harry Birchill, da Saint Piran. Os dois ainda conseguiram alcançar uma margem superior a 1 minuto para o pelotão, mas lá atrás a corrida estava lançada, rumo à primeira subida categorizada do dia.

A 94 km do final, na subida para Robin Hood’s Bay, ataca do pelotão Thomas Pidcock, da INEOS, o que despoletou uma série de ataques no grupo principal. Ninguém conseguiu sair, nesta fase, mas a vantagem da fuga reduzia-se para pouco mais de 30 segundos.

Depois, houve um período de acalmia, com a margem dos homens da frente a crescer novamente, até que a Uno-X resolveu pegar na corrida. O trabalho da formação norueguesa foi incisivo e eficaz, anulando a fuga com 75 km para a meta e conseguindo mesmo quebrar o pelotão na subida de 2ª categoria para Egton Bank.

Seguiu-se nova fase de alguma indefinição, com alguns grupos a recolarem. O pelotão entrava nos 60 km finais e começava nova ronda de ataques, embora sem grande sucesso.

A 45 km do final, com o pelotão a seguir compacto rumo à subida de Carlton Bank, era a INEOS que tomava conta da frente do grupo principal. E na subida, a 27 km da meta, o conjunto britânico dinamitou a corrida, com Omar Fraile a impor um ritmo diabólico e depois Pidcock a quebrar novamente o pelotão nas zonas mais inclinadas.

No topo da colina passaram Pidcock e também Dylan Teuns, da Israel, e Oscar Onley, da DSM, com 15 segundos de avanço sobre a restante concorrência, liderada pelas formações da Movistar, da Trinity Racing, e da Seleção Britânica. No entanto, a 10 km do final, o trio da frente acabaria por ser alcançado.

A 8 km da meta, estava colocado um sprint bonificado, em subida, que oferecia 3 segundos ao primeiro a passar nesse ponto. O primeiro a atacar foi Dylan Teuns, mas acabaria por ser Gonzalo Serrano, da Movistar, a conseguir passar na frente. Estas movimentações causaram nova rutura no grupo, deixando na dianteira um grupo de 4: Teuns, Serrano, e a dupla da INEOS, Pidcock e Fraile. Depois, foi a vez do granadeiro espanhol sacrificar-se pelo seu colega, dando tudo para manter o grupo com alguma vantagem sobre os mais diretos perseguidores. À entrada dos 2 km finais, o quarteto da frente rodava com 15 segundos de margem.

Com Fraile a rolar de forma consistente, o grupo manteve a sua vantagem e seria mesmo uma luta a 4 para decidir o vencedor. No sprint, Fraile fez o lançamento, tentando levar Pidcock à vitória, mas acabaria por ser Serrano o mais forte, com o britânico a terminar em segundo lugar por curta margem! Importante triunfo para o ciclista espanhol da Movistar, a primeira do ano para a sua conta pessoal, e mais alguns pontos cruciais para o conjunto espanhol numa fase-chave da temporada.

O pelotão, contendo cerca de 30 unidades, chegava depois, com 13 segundos de diferença, liderado por Mathijs Paasschens, da Bingoal.

Na classificação geral, Serrano assume a liderança, com 7 segundos de avanço sobre três corredores: Pidcock, Fraile, e ainda Benjamin Perry, da WiV SunGod.

Amanhã disputa-se a etapa 5, com 186.8 km, entre West Bridgford e Mansfield, numa jornada relativamente suave que deverá proporcionar uma chegada ao sprint.

Classificações

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