Do ciclocrosse para o topo do Alpe d’Huez! Eis Tom Pidcock!

O britânico Thomas Pidcock, da INEOS Grenadiers, venceu a etapa 12 do Tour de France, ao atacar a meio da jornada e juntar-se à fuga do dia, para depois vencer a partir da mesma! Com este triunfo, aos 22 anos, Pidcock torna-se o mais jovem vencedor de sempre no Alpe d’Huez! No segundo posto, terminou Louis Meintjes, com Chris Froome a fazer terceiro. Na geral, não houve diferenças entre Pogacar e Vingegaard, mas Bardet cedeu terreno, perdendo o segundo posto para o esloveno.

A etapa 12 da Volta a França trazia uma jornada com 165.1 km, entre Albertville e o Alpe d’Huez, num dia com passagens também pelo Col du Gabilier e pelo Col de la Croix de Fer.

No início da etapa, houve alguma contenção nos ataques, com muitos corredores à espera do início do Galibier, cerca de 10 km após o início da etapa. Ainda assim, um grupo acabou por sair, incluindo 6 elementos, entre eles o português Nelson Oliveira, e também Neilsom Powless (EF), Kobe Goossens (Intermarché), Matis Louvel (Arkéa), Sebastian Schonberger (B&B), e Anthony Perez (Cofidis). Este grupo conseguiu uma margem de 2 minutos à entrada da subida do Galibier.

Quando a estrada começou a inclinar, voltaram os ataques, com inúmeros ciclistas a tentar sair, com vários elementos da Jumbo, entre eles Primoz Roglic, a marcarem presença bem na frente. Com o ritmo a aumentar no pelotão, a diferença para a fuga baixava para pouco mais de 1 minuto.

Depois, entrou-se num período de acalmia, com a Jumbo a controlar e a margem a subir novamente. Mas os ataques ainda não tinham terminado. Pouco depois, foi a vez de Giulio Ciccone e Louis Meintjes, com a dupla a conseguir alcançar a frente da corrida. Também Thibaut Pinot tentava sair, mas sem sucesso.

Depois, atacou da fuga Anthony Perez. A chegada de Ciccone e Meintjes tinha destabilizado completamente a fuga, com o grupo a desfazer-se na subida.

No pelotão, atacava um histórico do Tour, Chris Froome, tentando alcançar a dianteira. No topo da subida, passou Perez em primeiro, com Ciccone, Meintjes, e Powless a 25 segundos. Froome passou a 1’40”, com o pelotão logo atrás a 1’54”. Faltavam 130 km para o final.

Na descida, saltou do pelotão Tom Pidcock, em grande estilo, usando as suas aptidões do ciclo-cross para ganhar metros rapidamente à concorrência e juntar-se a Froome, num curioso encontro de gerações do ciclismo britânico. A dupla seguia na perseguição à frente da corrida, onde entretanto tinha havido junção, conseguindo também eles encostar na dianteira.

Depois, atacou Powless, seguido por Pidcock. O pelotão ia dando alguma folga à fuga com a diferença a aproximar-se dos 4 minutos.

No Col de la Croix de Fer, os 9 da frente entraram com 7 minutos de avanço sobre o pelotão, com a Jumbo a manter um ritmo suave na perseguição. A subida foi tranquila no pelotão, com Van Hooydonck ainda a liderar um conjunto de 7 elementos das abelhas assassinas durante boa parte da ascensão. Na fuga, a 5 km do topo, começavam os ataques, com um grupo de 5 a isolar-se. Lá no alto, a 54 km da meta, passou mesmo esse quinteto na frente com Ciccone, Powless, Meintjes, Froome, e Pidcock.

No pelotão, com a subida quase cumprida, saíram Van Hooydonck e Laporte e entraram ao trabalho, Tiesj Benoot e Wout van Aert, com o ritmo a aumentar de forma bem visível e com vários ciclistas a começar a perder o contacto, nomeadamente Damiano Caruso mas também um dos escudeiros de Pogacar, Brandon McNulty. No topo da subida, o pelotão rodava a 4’50” da fuga.

À entrada do Alpe d’Huez, a 14 km da meta, os cinco fugitivos entraram com 6 minutos de avanço, mas a Jumbo voltava a impor ritmo e a diferença baixava novamente

A 10 km do fim, ataca Pidcock, com Meintjes e Froome a seguir o jovem britânico. No pelotão, o ritmo era imposto pelo camisola verde, WVA, com a diferença a manter-se dentro da casa dos 5 minutos, o que dava esperança aos fugitivos.

Na frente, continuava o braço de ferro entre Pidcock, Meintjes, e Froome, com os três a manterem uma distância de poucos metros entre si, mas sem haver junção. O tetra-campeão do Tour dava tudo para se manter em contacto com os seus dois rivais.

No pelotão, acabava o trabalho Van Aert, com a frente do grupo a ser assumida por Kruijswijk, com Vingegaard a contar ainda com Kuss e Roglic perto de si, enquanto Pogacar tinha apenas Majka. No grupo de elite rodavam já menos de 20 corredores.

Na dianteira, Pidcock ia aumentando a sua vantagem sobre os perseguidores. A 6 km do final, o britânico entrava nas zonas mais repletas de adeptos, num cenário de grande festa e euforia. A margem para Meintjes chegava aos 20 segundos, com Froome a 40 segundos e o pelotão a 4’45”. Podia estar perto o momento de glória para o jovem da INEOS!

No grupo de favoritos, perdiam o contacto Gaudu e Quintana, ficando apenas Roglic, que ia rebocando o grupo, e também Kuss, Vingegaard, Majka, Pogacar, Thomas, Yates, Mas, e Bardet. Depois assumia o grupo Kuss, com Bardet e depois Yates a cederem.

A 4 km do fim, ataca Pogacar, com Vingegaard a seguir colado na roda do esloveno. Mais ninguém foi capaz de seguir a dupla de elite deste Tour, que ia abrindo caminho no meio dos adeptos fanáticos que iam berrando e correndo ao lado dos ciclistas!

Depois, Pogacar acalmou o ritmo, com Vingegaard a passar para a frente e a colocar o seu ritmo. Conseguia chegar Geraint Thomas, com uma grande oportunidade de começar a garantir um lugar no pódio final. Depois, chegaram ainda Mas e Kuss, com o norte-americano a colocar-se no controlo.

Na frente, Pidcock entrava nos 2 km finais, com 36 segundos de avanço sobre Meintjes e os favoritos ainda a 3’41”.

Depois, novo ataque de Pogacar, com Vingegaard sempre colado no esloveno. Thomas perdia novamente o contacto mas seguia a ritmo, mantendo os dois rivais debaixo de olho.

Entretanto, chegava à meta Tom Pidcock, para a confirmação da maior vitória da sua carreira. O rei do ciclo-cross começa a escrever a sua história a letras douradas também no ciclismo de estrada!

No segundo posto, fechou Louis Meintjes, a 48 segundos, com Chris Froome a fazer terceiro, a 2’06”.

Depois, chegou Powless e de seguida, a 3’23” do vencedor, chegou o grupo dos favoritos, com Pogacar ainda a sprintar, fechando à frente de Vingegaard, com o dinamarquês novamente a não dar um milímetro ao esloveno.

Na geral, Vingegaard mantém a amarela, com o segundo posto a pertencer agora a Pogacar, a 2’22” do líder, e o terceiro a Geraint Thomas, a 2’26”. Bardet acaba por descer à quarta posição, agora a 2’25” da frente.

Quanto a Nelson Oliveira, fechou a etapa na 58ª posição, a 22’17”, seguindo na geral no 74º posto, a 1h40’33”.

Amanhã disputa-se a etapa 13, com 192.6 km, entre Bourg d’Oisans e Saint-Etienne, numa jornada de média montanha.

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