Alaphilippe revalida Título Mundial em jornada repleta de ataques e ofensiva!

O francês Julian Alaphilippe venceu esta tarde, pela segunda vez consecutiva, o Campeonato do Mundo de Fundo, desta vez na Flandres, ao ser o mais forte após 268.3km de corrida com partida em Antuérpia e chegada em Leuven! Alaphilippe atacou a 17km do fim e chegou isolado à meta, celebrando a revalidação da camisola arco-íris! Na segunda posição terminou o neerlandês Dylan van Baarle e na terceira o dinamarquês Michael Valgren, ambos a 32s do vencedor.

A prova de Fundo dos Elites Masculinos marcou o final dos Campeonatos do Mundo da Flandres, com uma longa jornada de ciclismo que arrancou pela manhã, às 10h15 locais. As tentativas de fuga surgiram nos primeiros kms e foi um grupo de 8 ciclistas que acabou por ganhar vantagem sobre o pelotão. O austríaco Patrick Gamper, o irlandês Rory Towsend, o mongol Jambaljamts Sainbayar, o colombiano Jose Tito Hernandez, o equatoriano Joel Levi Burbano, o russo Pavel Kochetkov, o estónio Oskar Nisu e o sueco Kim Magnusson foram os aventureiros do dia, e construíram uma vantagem de 5:00 sobre o pelotão.

A Bélgica assumiu desde cedo o comando do pelotão, com o trator Tim Declercq a controlar a vantagem dos ciclistas adiantados. As quedas também foram acontecendo desde os primeiros momentos, levando a que alguns ciclistas acabassem por abandonar. A 183km do final, a França começou a atacar a corrida com Anthony Turgis, a mexer e a alongar o pelotão. 3km depois foi Benoit Cosnefroy a mexer, com Remco Evenepoel e Magnus Cort na sua roda. Várias mexidas se sucederam no pelotão e um grupo de 10 elementos ganhou vantagem, depois de a Bélgica ter feito tampão no pelotão.

Alaphilippe iniciou os festejos bem antes de cruzar a linha de meta.

O grupo foi-se aproximando da frente, com a Itália a assumir a perseguição e Matteo Trentin a fazer um grande trabalho! A junção acabou por acontecer, numa fase em que a fuga inicial também já havia sido alcançada pelo grupo intermédio e o pelotão, já mais reduzido, voltou a rolar compacto, ainda com 130km pela frente. Desengane-se quem pensa que o ritmo abrandou, pois o pelotão continuou a rolar a todo o gás, e Remco Evenepoel voltou a partir a corrida com novo arranque.

Os ataques e contra-ataques sucederam-se e foi na última passagem pelo duro circuito com rampas em pavê que tudo se decidiu. Uma movimentação com 15 ciclistas, incluindo Sonny Colbrelli, Wout van Aert, Julian Alaphilippe e Mathieu van der Poel ganhou vantagem, a 60km do final, e o pelotão não conseguiu perseguir. Portugal foi a única nação que passou pela frente, com Nelson Oliveira e João Almeida, mas não teve sucesso e toda a gente acabou por abdicar.

Julian Alaphilippe foi um dos que mais atacou, mas era Remco Evenepoel a assumir o trabalho, em função de Wout van Aert. A 26km do final, Remco Evenepoel abriu para o lado, e os ataques voltaram a acontecer, apesar de Giacomo Nizzolo ter assumido o trabalho. Julian Alaphilippe voltou a mexer, e foi a 17km da meta que se deu o ataque decisivo, numa pequena colina que parecia inofensiva, mas que ninguém quis seguir, pela marcação a van Aert e a van der Poel. Foi já no falso plano para a meta que Jasper Stuyven, Michael Valgren, Neilson Powless e Dylan van Baarle ganharam algum espaço sobre os restantes, mas a marcação aos dois principais nomes não permitiu uma perseguição dos restantes.

Portugal não teve uma corrida favorável nestes Campeonatos do Mundo.

Alaphilippe seguiu isolado até à meta, não mais foi alcançado e começou a celebrar a 500m do fim, a conquista do seu segundo título Mundial! O grupo de quatro que vinha atrás de si acabou por entender que iria lutar apenas pela Prata e foi ao sprint que Dylan van Baarle surpreendeu os restantes e bateu Valgren e Stuyven sobre o risco de meta, com a Bélgica a ficar sem medalhas. Powless foi quinto, sendo claramente o pior sprinter dos quatro, mas rubricou também uma excelente performance. Van der Poel e van Aert acabaram a sprintar pela oitava posição, com outros ciclistas, e o neerlandês a ser oitavo, enquanto o belga foi décimo primeiro.

Os portuguesas chegaram integrados no pelotão, com Rui Oliveira na 39ª posição, João Almeida na 47ª e Nelson Oliveira na 55ª.

Classificações Completas

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