Chantal Blaak e Rasmus Tiller triunfam na Dwars door het Hageland!
A holandesa Chantal Van Den Broek-Blaak, da SD Worx, e o norueguês Rasmus Tiller, da Uno-X Pro Cycling Team, venceram a clássica Dwars door het Hageland, nas respetivas categorias, feminina e masculina.
Na corrida das senhoras, o percurso consistia numa ligação de 122.3 km, entre Aarschot e Diest, num dia marcado pelos 11 setores de empedrado e algumas curtas subidas, que prometiam animar a disputa pela vitória. Tal como na vertente masculina, o km final seria marcado por uma subida curta e suave e por um setor final de pavé, que podia ser decisivo para o desfecho da corrida.
A prova acabou por ser decidida através de um ataque a mais de 50 km do final, protagonizado pela antiga campeã do mundo, Chantal Van Den Broek-Blaak, da SD Worx. A holandesa isolou-se do pelotão, para não mais ser alcançada, chegando sozinha à meta, com 36 segundos de vantagem sobre o pelotão que chegou bastante fracionado. A poderosa equipa holandesa acabou por conseguir fazer a dobradinha, com a luxemburguesa Christine Majerus a vencer o sprint para a 2ª posição, à frente de outra holandesa, no caso Lorena Wiebes, da Team DSM.
Já na corrida masculina, seriam 177 os km a percorrer, também com partida em Aarschoot e chegada em Diest, mas com 13 setores de pavé e mais algumas ascensões do que no caso da prova feminina, com destaque para as duas passagens na subida empedrada do Allerheiligenberg. Os 500 m finais da prova teriam também subida e empedrado.
A fuga da jornada foi composta por oito corredores: Morten Hulgaard (Uno-X), Aaron Van Poucke (Sport Vlaanderen – Baloise), Christophe Noppe (Arkéa-Samsic), Thibault Ferasse (B&B Hotels p/b KTM), Jan-Willem Van Schip (BEAT Cycling), Taco Van Der Hoorn (Intermarché-Wanty), Coen Vermektfoort (VolkerWessels), Damien Gaudin (Total Direct Energie). No pelotão era a Deceuninck Quick-Step a impor o ritmo, nomeadamente através do Manx Missile, Mark Cavendish.
Os setores de empedrado iam-se sucedendo, com o pelotão a não dar grande margem aos fugitivos para poderem sonhar com a vitória. E, com 70 km para o final, os homens da frente foram mesmo alcançados. Perante um cenário de pelotão compacto, ainda com muitos km por percorrer, os ataques começaram de imediato.
Na primeira passagem por Allerheiligenberg, já dentro dos 50 km finais, um grupo de oito corredores conseguiu isolar-se. Eram eles: Yves Lampaert (Deceuninck), Danny Van Poppel, Boy Van Poppel (Intermarché-Wanty), Jonas Rickaert (Alpecin-Fenix), Dries Van Gestel (Total Direct Energie), Piet Allegaert (Cofidis), Connor Swift (Arkéa-Samsic), e Rasmus Tiller (Uno-X).
Este grupo conseguiu alcançar uma margem superior a 1 minuto, já com menos de 40 km para o final, com o pelotão a fracionar-se na tentativa de perseguição à frente da corrida.
A 10 km da meta, começaram os ataques entre os homens da frente, com o grupo a reduzir-se em direção às dificuldades finais. No derradeiro setor de empedrado, que dava acesso à meta, seis corredores preparavam-se para discutir a vitória nesta clássica. Aí, o mais forte acabou por ser Rasmus Tiller, com o jovem norueguês a mostrar-se intratável no pavé, não dando hipótese à renomada concorrência! O homem da Uno-X festejou efusivamente ao cortar a meta, fazendo-o com alguns metros de vantagem sobre Danny Van Poppel, que teve de contentar-se com o 2º posto, enquanto na 3ª posição terminou Yves Lampaert.
O único português em prova, André Carvalho, da Cofidis, realizou uma excelente prova, num dia muito exigente, acabando por terminar no 27º lugar, a 1:02 do vencedor. São ótimas indicações para o homem de Vila Nova de Famalicão!