Chegada a Sestola traz primeiro teste aos favoritos!

Disputa-se hoje a 4ª etapa da Volta à Itália, num percurso de 187 km, entre Piacenza e Sestola, e que traz um novo conjunto de dificuldades ao pelotão. Este será o primeiro testes ao nível de forma dos favoritos à vitória final.

Esta será uma etapaO início da jornada será praticamente plano, mas sensivelmente a meio do percurso o terreno começa a enrugar e de que maneira! Serão duas contagens de 3ª categoria, além de diversas ascensões não categorizadas, que irão anteceder a subida final, uma 2ª categoria para Colle Passerino, bem dura, com 4.3 km a 9.5 % de inclinação média e zonas a 16%! Depois do topo da subida serão apenas 2 km até à meta em Sestola.

Perfil da 4ª etapa da Volta a Itália

Esta será sem dúvida uma tirada bem diferente das anteriores, esperando-se uma grande seleção no decorrer da mesma, em especial na última subida. Numa fase tão precoce duma competição de três semanas é normal as principais equipas correrem de forma algo conservadora, pelo que a previsão será de uma corrida de eliminação, que irá significar que um pelotão bastante reduzido chega ao topo da subida para depois discutir a vitória na etapa e os segundos de bonificação, que muitos corredores terão debaixo de olho.

Favoritos

Desta forma, o vencedor da etapa será muito possivelmente um homem da geral, alguém que suba bem e que tenha um bom kick final, que possibilite bater a concorrência num sprint plano. Assim, temos de apontar para o Canibal das Caldas, João Almeida, da Deceuninck Quick-Step, como principal favorito à vitória! O português já mostrou que está (pelo menos) ao mesmo nível do extraordinário Giro que realizou em 2020, e todos lhe reconhecem a ambição e a capacidade de triunfar numa jornada deste género. Se não houver qualquer constrangimento dentro da equipa, o português terá todas as condições para lutar pela vitória na etapa.

Uma das grandes questões que tem pairado sobre a prova prende-se com a liderança dentro da Deceuninck. João Almeida ainda será por esta altura o plano A da equipa, mas ainda não é claro que a equipa esteja disposta a colocar a posição de Remco Evenepoel em causa. Depois da bonificação do belga, que o fez ascender alguns lugares na CG, é legítimo de acreditar que o jovem corredor tenha a ambição de vestir a camisola rosa nas primeiras etapas da sua primeira grande volta. Na própria cabeça do ciclista estará certamente esse objetivo por esta altura, sendo que a liderança a longo prazo nesta prova é um assunto para quando as altas montanhas se acumularem nas pernas dos corredores. Assim, neste momento, não surpreenderia ver a Deceuninck a apostar em Evenepoel para esta jornada e vermos o belga na tentativa de bater toda a concorrência.

Será curioso de verificar, já nesta etapa, o comportamento da equipa belga. Se houver uma chegada em grupo, contando que Filippo Ganna e Tobias Foss perdem tempo, há a forte possibilidade de a camisola rosa ir parar ao corpo de Evenepoel ou de Almeida, sendo que neste momento têm o mesmo tempo, com vantagem comparativa para o belga. Irão os dois prodígios trabalhar em conjunto? Ou irão sprintar cada um por si? Aceitam-se apostas para este caso bicudo!

Na luta com os dois Deceuninck estará um rol de corredores de imensa qualidade, sendo de destacar logo à cabeça um dos grandes favoritos à vitória final, Simon Yates, da Team BikeExchange.

O perfil da última subida e a possibilidade de haver sprint depois da mesma, faz-nos apontar também para Dan Martin (Israel Start-Up Nation) como um grande candidato a levar a etapa, um corredor cujas características assentam que nem uma luva a este final.

Refiram-se depois os nomes de Egan Bernal, Aleksandr Vlasov, Hugh Carthy, e George Bennett como homens que podem bater a concorrência de diferentes formas neste final, e que certamente estarão entre os melhores da jornada. Refiram-se também os companheiros de Bernal na Ineos Grenadiers, Pavel Sivakov e Daniel Martinez, dois ciclistas com capacidade para vencer a etapa, em especial se houver uma marcação forte entre os principais galos do pelotão.

O perfil da jornada faz-nos apontar para um extenso número de corredores que podem brilhar neste dia, começando pelo Iceman de Pegões, Ruben Guerreiro (EF Education-Nippo), ele que pode nesta etapa começar já a amealhar pontos para um dos seus objetivos na prova, a revalidação do título de melhor trepador. Refiram-se também: Giulio Ciccone, Davide Formolo, Jai Hindley, Pello Bilbao, Mikel Landa, Emanuel Buchmann, Clement Champoussin, Marc Soler, Romain Bardet, Domenico Pozzovivo, Fausto Masnada, Nick Schultz, e Diego Ulissi como nomes a ter em conta para surpreender no final.

Favoritos Ciclismo Mundial:

⭐⭐⭐⭐⭐ João Almeida

⭐⭐⭐⭐ Remco Evenepoel e Simon Yates

⭐⭐⭐ Dan Martin, Egan Bernal, e Aleksandr Vlasov

⭐⭐ Hugh Carthy, George Bennett, Pavel Sivakov, e Daniel Martinez

⭐ Ruben Guerreiro, Giulio Ciccone, Davide Formolo, Jai Hindley, Pello Bilbao, Mikel Landa, Emanuel Buchmann, Clement Champoussin, Marc Soler, Romain Bardet, Domenico Pozzovivo, Fausto Masnada, Nick Schultz, Diego Ulissi

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