Um final feito para ‘Bling’ Matthews!

Depois de um contrarrelógio de emoções fortes para os corações lusitanos, a segunda etapa do Giro d’Itália representa a primeira etapa em linha da competição, consistindo numa ligação de 149 km entre Alcamo e Agrigento, ainda na ilha da Sicilía. A etapa é predominantemente plana, embora existam duas contagens de montanha de quarta categoria, uma na primeira metade da etapa e outra coincidente com a linha de meta. Será um final que deverá afastar os sprinters mais pesados do pelotão, uma vez que a subida em Agrigento apresenta 3.7 km de extensão e 5.3% de inclinação média, embora o km final seja bastante suave.

Perfil da segunda etapa da Volta a Itália

Além da luta pela etapa, a expetativa irá recair sobre a possibilidade de existirem corredores a atacarem a camisola rosa de Filippo Ganna. A esse respeito, não precisamos de olhar abaixo do segundo lugar para encontrar um forte candidato a essa hipótese. A possibilidade de vermos João Almeida a envergar a camisola rosa no final do dia é bem real, considerando a capacidade escaladora do português face à de Filippo Ganna.

O principal favorito à vitória na etapa será, contudo, o australiano da Team Sunweb, Michael Matthews, um dos melhores corredores do mundo em finais deste género e que aparenta estar num ótimo momento de forma. A ascensão final parece ter sido feita por medida para ‘Bling’, com um km final fácil após uma subida. Se Matthews ainda estiver próximo da frente do grupo no final, será muito difícil para alguém o bater ao sprint.

A primeira etapa mostrou que o Giro é uma prova muito particular, com armadilhas escondidas a cada km, pelo que os corredores da casa terão sempre de ser encarados como candidatos a brilhar. Perante um cenário de sprint restrito, alguns ciclistas transalpinos poderão dar luta a Matthews, como Diego Ulissi (UAE-Team Emirates), Andrea Vendrame (AG2R La Mondiale), ou Enrico Battaglin (Bahrain-McLaren).

Outro nome impossível de esquecer para uma etapa deste género é o do português Ruben Guerreiro (EF Pro Cycling), que se adapta que nem uma luva a este final, podendo fazer uso do seu sprint após uma subida exigente.

Diversos corredores sabem do perigo de levar homens como Matthews ou Peter Sagan para a linha, pelo que terão de forçar o andamento ou atacar de modo a eliminar os homens rápidos. Além disso, muitos ciclistas acharão que a subida final é suficiente para poder recuperar o tempo de desvantagem para Ganna. Depois de confirmar todo o seu potencial na primeira etapa, é inegável que João Almeida estará com os seus níveis de confiança nos píncaros. Um ataque certeiro poderá garantir etapa e liderança e isso será certamente o que vai na mente do português. Acresce ainda o facto de estar integrado numa das melhores equipas do mundo, que tão bem sabe controlar as corridas e preparar as chegadas.

Caso a subida final seja muito endurecida, a vitória poderá acabar por ser decidida por um grupo muito reduzido, o que significaria que homens como Simon Yates, Geraint Thomas, Wilco Kelderman, ou Jakob Fuglsang poderão querer testar a concorrência e, porque não, garantir já uma etapa.

⭐⭐⭐⭐⭐ Michael Matthews

⭐⭐⭐⭐ Diego Ulissi e Andrea Vendrame

⭐⭐⭐ Enrico Battaglin, Ruben Guerreiro, e Giovanni Visconti

⭐⭐ Pello Bilbao, João Almeida, Simon Yates, e Wilco Kelderman

⭐ Patrick Konrad, Peter Sagan, Geraint Thomas, Jakob Fuglsang, e Aleksandr Vlasov

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