Antevisão Giro Rosa: Breggen à procura do quarto título na edição 32!
Arranca amanhã para a estrada a edição 32 do Giro d’Itália Internazionale Femminile, ou Giro Rosa, como os espectadores estão mais familiarizados, a maior competição por etapas do calendário feminino, mas que atualmente se encontra envolta em polémica e situações no mínimo caricatas, devido à organização da corrida. O ano passado a prova fazia parte do calendário World Tour, mas como não foram capazes de garantir transmissão televisiva, obrigatória pela categoria, a UCI fez a corrida baixar de escalão e a mesma é agora da classe 2.Pro. Agora, em 2021, e depois de terem garantido cobertura televisiva para o novo ano, em busca de voltarem a colocar a competição na categoria que, pelo seu historial, lhe é devida, a organização anunciou que apenas os últimos 15km terão cobertura televisiva, em parte de um programa de 60 minutos que engloba as cerimónias do pódio, entrevistas e análise. O mais engraçado é perceber que este plano foi aprovado pela mesma UCI que fez a corrida descer de categoria. Curioso, certo?
Etapas
O Giro Rosa de 2021, tal como as edições anteriores terá dez etapas, divididas em 10 dias de corrida, e momentos para que os principais nomes do pelotão presente possa brilhar. De dia 3 até dia 12, o pelotão irá enfrentar 2 etapas de alta montanha, ambas com final em alto, 3 dias acidentados, um deles com final em alto, 3 dias praticamente planos para sprinters, 1 cronoescalada e 1 contrarrelógio coletivo, que irá abrir a corrida já no dia de amanhã. O palco será vasto para que grandes nomes possam brilhar, e oportunidades não faltarão a ninguém para estar entre as melhores.
Favoritas
Quando olhamos à startlist e falamos em candidatas à classificação geral do Giro Rosa, o nome que mais salta à vista, por todos os motivos e mais algum, é o da Campeã Mundial, Anna van der Breggen. Vencedora da corrida italiana em 2015, 2017 e 2020, a holandesa vai arrancar com o dorsal #1, e tem provado que é claramente a maior favorita à vitória final. Naquela que é a sua última temporada, Breggen procura revalidar o triunfo no Giro Rosa, e nos Jogos Olímpicos de Tokyo, e traz um fortíssimo bloco para a ajudar nos diversos terrenos que farão parte da corrida.
Elisa Longo Borghini será sem dúvida a maior adversária de Breggen, e a Campeã Italiana procura chegar a um triunfo histórico e tornar-se a primeira ciclista da casa a vencer a corrida nos últimos 13 anos. Em 2020, e apesar de alguns percalços iniciais, Borghini ainda conseguiu fechar no pódio, e este ano preparou-se especificamente para estar no pico de forma durante o Giro. Será este o ano da italiana?
O terceiro nome com mais aspirações ao pódio da classificação geral é o de Cecilie Uttrup Ludwig, e poderá ser finalmente desta que a pequena dinamarquesa chega finalmente ao pódio da maior corrida por etapas do calendário feminino. No ano passado, Ludwig viu o pódio escapar-lhe por apenas dois segundos para Borghini, mas desta vez a ciclista da FDJ quererá que a história se escreva de forma diferente. Quem poderá impedir Ludwig de alcançar o pódio?
Numa outra linha de candidatas surgem as gregárias da SD Worx, Ashleigh Moolman-Pasio e Demi Vollering, que não surpreenderão ninguém se terminarem entre as dez primeiras da classificação geral, graças às excelentes capacidades que demonstram em todo o tipo de terrenos, especialmente quando começa a subir. A melhor formação do pelotão internacional chega aqui apetrechada e não deverá querer fazer pior do que levar a camisola rosa ao fim dos dez dias de corrida. Mikhayla Harvey será a líder da Canyon, com Kasia Niewiadoma focada nos Jogos Olímpicos, e melhorar a quinta posição do ano passado é algo que poderá ser perfeitamente possível. Mavi Garcia, Soraya Paladin, Katrine Aalerud e Amanda Spratt vão à procura de terminar entre as melhores 10, e quem sabe melhores 5, mas será que a corrida as favorecerá nesse sentido?
Entre as grandes candidatas a darem espetáculo ao longo dos diversos dias de corrida, mas sem grandes ambições à classificação geral, temos Lorena Wiebes, Emma Norsgaard e, claro, Marianne Vos. A luta pela classificação dos pontos deverá ser intensa entre estas três ciclistas, todas elas grandes finalizadoras, que não deverão querer deixar escapar a oportunidade de levar para casa a camisola da regularidade.
Por fim, deixamos mais dois nomes que não poderíamos deixar passar em claro, e que estarão certamente em destaque em diversos dias. Serão dois joker’s nesta corrida, sobre os quais não sabemos bem o que esperar em termos de classificação geral, mas que sendo ciclistas bastante completas poderão estar na luta em qualquer tipo de terreno. Falamos claro de Grace Brown e de Lisa Brennauer.
Quem irá ser a grande vencedora do 32º Giro Rosa?