Após três edições como uma corrida sem ranking UCI, a quarta edição da Volta a Portugal Feminina vai para a estrada, finalmente, como uma prova de ranking! A atribuição do escalão 2.2 confere à corrida a categoria mais baixa do ranking UCI, o que se pode considerar uma importante vitória para esta importante prova do calendário feminino, que se torna a primeira corrida portuguesa, além Campeonatos Nacionais, a oferecer pontos UCI às ciclistas.

A subida para um escalão 2.2 conferirá à corrida um estatuto mais favorável à entrada de equipas profissionais na lista de partida, fazendo assim crescer a qualidade do pelotão. Porém, devemos ter em conta que o pelotão português não tem, ao momento, nenhuma equipa profissional, e que todas as atletas que competem a nível nacional o fazem de forma amadora, mesmo que algumas equipas consigam ainda competir internacionalmente, como foi o caso da Matos Mobility – Optiria no Tour International Feminin l’Ardeche. Será importante percecionar como irá a corrida evoluir com o aumento da competitividade, não esquecendo o parco calendário português, comparado aos calendários internacionais que são feitos anualmente pelas equipas profissionais.

A 4ª Volta a Portugal Feminina irá decorrer de 3 a 7 de julho, mantendo o formato de cinco etapas que já vigorou este ano, e aguardam-se por informações sobre equipas convidadas e traçados das etapas, que permitirão também perceber que cidades irão acolher partidas e chegadas desta edição histórica da corrida. A subida de escalão pode também potenciar uma transmissão televisiva a nível nacional, e muito beneficiaria o ciclismo feminino de tal situação, mas é ainda incerto que vá acontecer.