A União Ciclista Internacional (UCI) comunicou esta manhã à Federação Portuguesa de Ciclismo (FPC) a retirada da licença Continental à W52 / FC Porto, em consequência da informação recebida sobre o processo a decorrer na Autoridade Antidopagem de Portugal (ADOP). A equipa fica assim impedida de voltar a competir, e por isso mesmo fora da Volta a Portugal, corrida que irá começar dentro de uma semana e que moverá os fãs portugueses à estrada.

Durante o último GP Douro Internacional, a ADOP anunciou a suspensão de oito ciclistas da W52 e dois mecânicos, já após os diretores desportivos da equipa terem sido afastados há uns meses atrás. Apesar das diferentes informações veiculadas por diferentes meios de informação nacionais, o que é facto é que a ADOP nunca se pronunciou de forma concreta sobre o caso, e por isso as reais razões para a suspensão permanecem apenas no seu saber. O público tem especulado sobre todas as informações dadas pelos principais meios nacionais, e claro que o nome do ciclismo acaba por ficar cada vez mais manchado em Portugal.

Para que fique claro para todos, a posição do Ciclismo Mundial é que a verdade desportiva deve ser apurada, e aqueles que forem detetados como infratores devem ser punidos de acordo com a lei. Aquilo que, na nossa ótica, não faz sentido, é a ADOP não comunicar os motivos que levaram à suspensão, gerando assim margem para que muito se possa especular.

Apenas Amaro Antunes, José Neves e Jorge Magalhães não se encontram de momento suspensos, de acordo com os ciclistas que integram os quadros da equipa, que procurava ainda assim fazer-se representar na Volta a Portugal, contratando alguns corredores para o efeito. Com a suspensão, todos eles ficam impedidos de alinhar, pelo que as cores da W52 / FC Porto estão totalmente fora da competição.